O presidente dos Estados Unidos pediu hoje, na ONU, aos líderes mundiais que não poupem esforços para atingir um “forte acordo” na cimeira sobre alterações climáticas marcada para dezembro em Paris.

As palavras de Barack Obama surgiram momentos depois de o seu homólogo francês, François Hollande, ter admitido, também na sede da Nações Unidas, ser necessário trabalhar mais para que seja possível fechar um acordo sobre as alterações climáticas antes da cimeira de Paris.

“As intenções existem e existem também muitos pedidos, mas ainda há muito trabalho a fazer entre a vontade e as condições para um acordo credível”, disse François Hollande, após participar na Cimeira sobre Desenvolvimento Sustentável.

Por seu lado, Obama lembrou faltarem apenas pouco mais de dois meses para a cimeira, tempo que os líderes mundiais têm para chegar a um forte acordo global.

“Todos os países serão afetados pelas alterações climáticas, mas serão os mais pobres que irão carregar o fardo mais pesado”, afirmou o chefe de Estado norte-americano.

“A Cimeira das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que começou na sexta-feira em Nova Iorque, analisou a adoção dos 17 objetivos definidos pela ONU para esta área até 2030, que englobam 169 metas, sobretudo o modo de financiamento para os concretizar.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em causa está a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento existente no protocolo de Quioto, com os primeiros a terem metas de redução de emissões e os segundos sem metas, fator que agora deverá ser ultrapassado.

Na cimeira da ONU adotou-se o documento com uma agenda para os próximos 15 anos com base nos chamados “5P” – Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias – com metas como a erradicação da pobreza, da fome e das desigualdades e a proteção do planeta e dos recursos naturais.

Após Nova Iorque, segue-se a cimeira de Paris, cujo objetivo passa por chegar a um acordo sobre as formas de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, limitar a subida da temperatura no planeta e avançar com medidas de adaptação às mudanças que estão a ocorrer, dos fenómenos extremos de seca e de inundações à subida do nível do mar.