O Novo Banco prepara-se para alienar um conjunto de participações que detém em empresas de diferentes setores e que herdou do Banco Espírito Santo. Segundo o Diário Económico desta terça-feira, a primeira venda será da Ascendi, concessionária rodoviária onde o banco tem uma quota de 40%.

A Ascendi é responsável por sete concessões de autoestradas de Norte a Sul do país. Em junho passado, um fundo francês, Ardian, celebrou um contrato com a Ascendi que lhe deu o controlo de metade das participações em algumas concessões. Ainda segundo o Económico, este é um dos vários fundos internacionais interessado na compra da posição do Novo Banco na concessionária.

Falhada a venda do banco até ao fim do ano, a instituição vai dedicar-se nos próximos meses a um plano de reestruturação que recentre a atividade no setor bancário, abdicando de outras áreas, consideradas menos estratégicas. Como a venda se atrasou, também os ordenados dos gestores de topo foram alterados, noticia o Jornal de Negócios. Para que a venda de bancos de transição (como é o caso do Novo Banco) não se atrase muito, a União Europeia estabeleceu uma regra de contenção salarial, que levou agora a um corte de 20% nas remunerações da equipa liderada por Eduardo Stock da Cunha.

Os salários exatos da administração do Novo Banco nunca foram divulgados pela instituição nem pelo Banco de Portugal, mas, segundo o Negócios, rondam os 400 mil euros anuais para Stock da Cunha e 300 mil euros para os restantes vogais. Agora, com os cortes, deverão ficar em 320 mil para o presidente e 240 mil para os outros membros do conselho.

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