A caminhada dos refugiados sírios prossegue até à Europa, numa altura em que alguns países ameaçam fechar fronteiras. Os líderes europeus e dos Balcãs, no entanto, declararam o alargamento dos acolhimentos para receber mais 100 mil imigrantes, depois de a Eslovénia ter contabilizado uma entrada de 7 mil refugiados só no sábado.

Até quinta-feira, a crise de refugiados será o tema central das reuniões do Parlamento Europeu. Uma das preocupações da Comissão Europeia é o facto de muitos refugiados de guerra não se registarem à chegada, o que pode comprometer a ajuda que os imigrantes da Síria, Afeganistão e Iraque têm recebido junto às fronteiras.

Mas que caminhada é esta? Por norma, o percurso de quem foge à guerra tem ponto de partida na Turquia. Depois dirigem-se para o centro da Europa, através da Grécia ou Croácia. Mas com a concentração de cada vez mais refugiados nestas fronteiras, há novos caminhos a serem abertos: até na Rússia, junto ao Ártico. Mesmo que o inverno se esteja a instalar e a casar problemas.

Estes refugiados escolhem entrar na Europa através da Noruega, entre Nikel (Rússia) e Kirkenes (Noruega). É possível fazer esta travessia sem documentação e à chegada existem condições para pedir asilo. Youssef tem 54 anos e foi um dos sírios que entrou na Europa com esta estratégia. Contou à Quartzo que é um caminho “mais fácil e barato”, embora os riscos permaneçam os mesmos.

Veja algumas imagens da travessia dos refugiados para a Europa na fotogaleria.

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