A Google jogou mais um trunfo no universo dos serviços de streaming de música. Chama-se YouTube Music e joga na mesma liga do Spotify e do Apple Music. Ou seja, trata-se de uma aplicação móvel para ouvir música na internet, embora com um conceito relativamente diferente.
O YouTube Music é gratuito e evolui do YouTube Music Key, um serviço pago lançado no ano passado. Mas como se distingue dos demais? Para uma empresa como a Google, não foi difícil. Bastou tirar proveito do conteúdo já presente na maior plataforma de vídeos do mundo, o YouTube, da qual é detentora.
Segundo a revista Time, a aplicação móvel do YouTube Music “foca-se na personalização” e divide-se em três secções principais: uma com estações de rádio selecionadas com base nos gostos do utilizador; outra com os vídeos de música mais vistos — ou ouvidos — nesse dia; e ainda uma última secção que agrega todos os vídeos de música aos quais o utilizador deu um “gosto”.
Os utilizadores podem ainda pesquisar por artistas, álbuns ou músicas específicas. Os conteúdos são os mesmos do YouTube original, mas a aplicação mostra só os vídeos de música. Aqui reside outro elemento distintivo deste serviço da Google: de acordo com a Time, a aplicação reúne “as melhores versões alternativas” de uma mesma música — leia-se covers — e junta-as no mesmo lugar. A funcionalidade chama-se “Explore” e a seleção desses temas é feita com base na popularidade destes.
A aplicação YouTube Music está disponível nas lojas do iOS e do Android e é suportada pela publicidade que integra ao longo da experiência. Para uma utilização mais “limpa”, é necessário subscrever o novo serviço YouTube Red, lançado a 28 de outubro deste ano. A subscrição, que custa 9,99 dólares por mês, abre um leque de novas funcionalidades tais como suporte para ouvir música sem ligação à internet, ou ouvir música ao mesmo tempo que se usa outras aplicações no dispositivo (algo que, por sinal, nunca é possível na aplicação do YouTube).
Contudo — e como já é habitual — estas são novidades que se cingem aos utilizadores norte-americanos e, para já, nem o YouTube Red nem o YouTube Music estão disponíveis em Portugal. Talvez por esse motivo, e por serem já três os novos serviços que a Google derivou do YouTube no último par de anos (o Red, o Gaming e, agora, o Music), o vídeo de apresentação tem, para já, significativamente mais dislikes do que “gostos”, sendo visível a indignação de muitos utilizadores nas caixas de comentários.
Editado por Filomena Martins.