894kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Atentados de Paris: o resumo do que já sabemos

Este artigo tem mais de 5 anos

Houve seis ataques: perto do Stade de France, no Bataclan Café, na rue Charonne e três ao longo do canal de Saint-Martin. Há 127 mortos e há mais de 200 feridos. Morreu um cidadão português.

Números oficiais indicam que os ataques de sexta-feira à noite mataram 127 pessoas e fizeram 180 feridos.
i

Números oficiais indicam que os ataques de sexta-feira à noite mataram 127 pessoas e fizeram 180 feridos.

Thierry Chesnot/Getty Images

Números oficiais indicam que os ataques de sexta-feira à noite mataram 127 pessoas e fizeram 180 feridos.

Thierry Chesnot/Getty Images

À surpresa e desconhecimento seguiram-se a tragédia e o horror. O relógio não andava longe das 21h em Portugal quando a informação se começou a espalhar — explosões e tiroteios estavam a acontecer em Paris na noite de sexta-feira, 13 de novembro. Eram três atentados a ocorrerem quase simultaneamente no centro da cidade, um deles bem ao lado do Stade de France, que acolhia mais de 81 mil pessoas para verem o jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.

Foi precisamente nas imediações do Stade de France que morreu um cidadão português, segundo confirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Ainda não se conhece a identidade da vítima mortal, mas o secretário de estado das Comunidades avançou ao Observador que se trata de um homem trabalhava em França.

O recinto, localizado no bairro de Saint Denis, estava a cerca de nove quilómetros do Bataclan Café, uma das mais famosas salas de espetáculos de Paris, onde decorria um concerto da banda Eagles of Death Metal. Dois locais cheios de gente, com as devidas diferenças, pareciam ser os alvos. Pelo menos três explosões aconteceram numa rua ao lado do estádio, que foram ouvidas no interior do recinto. No Bataclan, centenas de pessoas ficaram retidas no interior do edifício por quatro terroristas. Pelo menos 127 pessoas foram mortas pela violência gratuita.

Existem cidadãos portugueses e brasileiros entre os feridos registados no Bataclan Café, segundo Duarte Levy, jornalista freelancer português sediado em Paris, a quem a polícia parisiense confirmou esta informação. O Observador está a acompanhar o desenrolar dos acontecimentos desde o primeiro relato, num Liveblog — no qual vamos reunindo toda a informação sobre os atentados.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Aqui fazemos um resumo dos dados essenciais da tragédia. Os atentados foram reclamados ao fim da noite pelo Estado Islâmico, em vingança contra a intervenção de França na Síria. Vários  dos terroristas terão gritado “Alá é Grande!” 

Números

  • Quatro ataques;
  • Pelo menos 127 mortos e 180 feridos;
  • Oito terroristas mortos;

Os pormenores que já conhecemos dos ataques

1. O primeiro aconteceu num bar próximo do Stade de France, no bairro de Saint Denis, onde estava a decorrer a partida de futebol entre a França e a Alemanha. Pelo menos três explosões terão sido vistas e ouvidas por testemunhas. O Libération escreve que o trio de explosões foram de bombistas-suicidas — o que, a confirmar-se, será a primeira vez que este método de violência é utilizado em França, segundo avançam os media gauleses.

O Le Monde noticiou que as explosões ocorreram em três restaurantes diferentes. Milhares de pessoas que estavam nas bancadas do estádio — que tem capacidade para acolher mais de 81 mil pessoas — recusaram-se a abandonar o recinto e estiveram durante vários minutos concentradas no relvado.

As explosões foram ouvidas no interior do estádio, quando o jogo ainda estava a decorrer. Ainda não é conhecido o número total de vítimas mortais decorrentes destas explosões. Certo é que foi perto do State de France que morreu um cidadão português emigrante em França. Também está a ser avançado que foi encontrado um passaporte sírio junto do corpo de um dos terroristas.

2. O segundo atentado e o mais mortífero foi o que aconteceu na sala de espetáculos Bataclan, onde morreram pelo menos 82 pessoas. O local foi tomado por quatro terroristas. Além de terem provocado explosões — o Libération fala em três bombistas-suicidas com explosivos à cintura — também dispararam sobre as pessoas que se encontravam no local. A famosa sala de espetáculos de Paris tem capacidade para acolher até 1 500 pessoas na plateia em pé e no momento do atentado decorria um concerto da banda norte-americana Eagles Of Death Metal.

Uma jornalista do Le Monde, que ouviu um sobrevivente do ataque, noticiou que os terroristas estavam nos camarins quando a polícia entrou no edifício.

3. O terceiro atentado ocorreu na Rue de Charonne, a cerca de quilómetro e meio do local do segundo incidente. Morreram pelo menos 19 pessoas neste local. Pelo menos duas pessoas dispararam sobre o bar La Belle Eporque, numa esquina da Rua de Charonne. Por volta das 21h35 da noite (20h35 em Lisboa) terão disparado durante cerca de três minutos e mais de 100 balas, segundo testemunhas no local avançaram ao jornal Libération, que pensam que o ataque deverá ter sido feito com uma arma automática.

4. Houve ainda três atos terroristas ao longo do canal de Saint-Martin, em localizações distintas. Um deles no bar Le Carillon, onde terão morrido entre doze e catorze pessoas. O ataque começou pelas 21h20 e nele um homem com a cara à mostra disparou contra o balcão. Depois de uma pausa — talvez para recarregar a arma — o terrorista virou-se para outro restaurante, o Le Petit Cambodge, e tornou a disparar sobre mais pessoas.

Pouco depois, ainda naquela zona — não muito longe da sede do jornal satírico Charlie Hebdo, atacado a 7 de janeiro deste ano — do canal de Saint-Martin, era possível ver um carro crivado de balas e pelo menos duas pessoas gravemente feridas em frente a um restaurante do McDonald’s.

Mais à frente, no centro comercial Les halles, vários testemunhos deram conta de um tiroteio naquele local do centro da cidade. O mesmo aconteceu no café Bonne Bière, onde dois terroristas abriram fogo à queima-roupa contra os clientes que estavam na esplanada.

Reações oficiais

  • François Hollande, presidente francês, decretou o estado de emergência nacional e autorizou o encerramento das fronteiras, “para impedir que os culpados saiam do país”. “Há numerosos feridos, feridos muito graves”, acrescentaria horas depois, ao chegar a um dos locais dos atentados que considerou desde logo de terroristas;
  • Em comunicado, a Câmara Municipal de Paris e a polícia francesa pediram aos cidadãos para permanecerem em casa e, a saírem à rua, que seja em casos absolutamente necessários;
  • Barack Obama falou em Washington e garantiu que o seu país “fará o for possível pelo povo francês” e para colocar “os responsáveis [dos atentados] perante a justiça. O presidente dos EUA disse que “este ataque não foi apenas contra o povo francês, mas contra toda a humanidade”;
  • o Governo português emitiu um comunicado, no qual “lamentou profundamente a situação ocorrida em França”.

Mais informações

  • 1.500 soldados franceses já foram enviados para as ruas de Paris. Outro 7.000 estarão de prevenção;
  • o Metro de Paris foi encerrado. A meio da noite, os taxistas da cidade começaram a transportar as pessoas de graça até casa;
  • as escolas, universidades, bibliotecas, piscinas e museus estarão encerradas, este sábado, na capital gaulesa;
  • os aeroportos e linhas de comboio continuarão a funcionar no sábado;
  • o governo da Bélgica já anunciou o encerramento das fronteiras;
  • os governadores das cidades de Nova Iorque e Washington, além de “todas as grandes zonas turísticas” nos EUA, reforçaram a segurança nas ruas, noticiou a agência Reuters.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.