Ao segundo dia da Conferência do Clima em Paris, deu-se continuidade à cerimónia de abertura, o Evento dos Líderes, para que todos os 147 chefes de Estado inscritos usassem dos três minutos a que tinham direito para resumirem que compromissos esperam assumir durante o evento. Ao longo do dia vários chefes de Estado participaram ainda em eventos paralelos para apresentar novas medidas e compromissos no combate às alterações climáticas, conforme comunicado de imprensa da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês para United Nations Framework Convention on Climate Change).
A Índia e a França lançaram uma Aliança Internacional para Energia Solar,que visa promover este tipo de energia nos países em desenvolvimento. Esta iniciativa mobiliza 120 países a arranjar um bilião de dólares (cerca de 0,94 biliões de euros) até 2030.
A Missão Inovação foi lançada por 20 países ricos e uma iniciativa do domínio privado encabeçada por Bill Gates. O objetivo é duplicar o investimento nesta área, sobretudo em relação às energias limpas, e chegar aos 20 mil milhões de dólares (cerca de 18,8 mil milhões de euros) em cinco anos.
Alemanha, Canadá, Chile, Etiópia, França e México, juntamente com o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) apelam a que as empresas e os países a colocar um preço sobre o carbono para conduzir o investimento para medidas ambientalmente mais sustentáveis.
A iniciativa Transformative Carbon Asset Facility pretende ajudar os países em desenvolvimento a implentar planos de redução de gases com efeito de estufa. Este programa é financiado em 500 milhões de dólares (cerca de 470 milhões de euros) pelo Banco Mundial, Alemanha, Noruega, Suécia e Suíça.
Uma coligação de 40 governos, centenas de empresas e organizações internacionais, como Friends of Fossil Fuel Subsidy Reform e The Prince of Wales’s Corporate Leaders Group, pediu, esta terça-feira, que se acabassem com os subsídios aos combustíveis fósseis.
“Anticipar, Absorver, Remodelar” é uma iniciativa lançada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, para aumentar a resiliência das populações. A ajuda, que tem uma duração de cinco anos, destina-se às 634 milhões de pessoas que vivem nas zonas costeiras ameaçadas pelas alterações climáticas ou zonas de risco para secas e cheias.
Onze mecenas contribuíram com 250 milhões de dólares (cerca de 235 milhões de euros) para o Fundo dos Países Menos Desenvolvidos para apoiar as medidas de adaptação nos países mais vulneráveis.
As florestas são uma solução-chave para o clima. Assim o alegaram os chefes de Estado com as maiores florestas e os respetivos parceiros, que querem promover o desenvolvimento rural, aumentar a restauração florestal e a reverter a desflorestação.