(Texto publicado originalmente a 4/12/2015 e atualizado a 11/04/2016)
Impeachment. A palavra faz parte do vocabulário dos brasileiros desde que Fernando Collor, o primeiro presidente do país eleito democraticamente, foi afastado do poder em 1992 acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva sofreram 17 e 34 denúncias de impugnação, respetivamente, segundo um levantamento realizado pelo jornal Gazeta do Povo – mas nenhum chegou a ser aceite pelo Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil.
Nos cinco anos à frente da presidência do Brasil, Dilma Rousseff também já teve de se deparar com esta ameaça, sobretudo em março e setembro de 2015, durante os protestos populares realizados em algumas cidades do país. No entanto, a ameaça tornou-se real apenas quando Eduardo Cunha, presidente do Casa Legislativa, anunciou a aceitação do requerimento que solicita o fim do mandato da presidente em dezembro de 2015.
O processo de impugnação do mandato de Dilma Rousseff avançou mais uma passo esta segunda-feira com a aprovação do relatório favorável à destituição da presidente pela comissão especial parlamentar, responsável por debater o processo.
O processo vai a votos na Câmara dos Deputados esta semana e necessita de dois terços de votos favoráveis para subir ao Senado Federal, onde também terá de reunir o apoio de dois terços dos senadores.
Complicado? O Observador detalha numa infografia onde começou e como pode terminar o processo de impugnação de Dilma Rousseff, para que fique a conhecer os passos que podem definir o futuro da presidente do Brasil. É só passar o rato nos pontos em destaque.