Cerca de 300 pessoas concentraram-se na rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa, para participar na Marcha pela Justiça Climática, uma iniciativa em curso em várias cidades de todo o mundo, entre as quais Porto e Faro.

No último dia da cimeira sobre o clima em Paris (COP21), e considerando insuficientes as medidas previstas no acordo alcançado, os manifestantes desceram a avenida da Liberdade repetindo palavras de ordem como “Negociar o quê? Não há planeta B!”, “Que paguem os de cima: Justiça no Clima!” e “Deixem o petróleo debaixo do solo”.

Entre os manifestantes viam-se faixas de partidos políticos como o Bloco de Esquerda (“Muda o Sistema, Não o Clima”) e o PAN, e de cartazes com girassóis de Os Verdes apelando para “Mais educação para o ambiente, menos CO2” e “Mais elétricos”, “Mais comboios”, “Mais ciclovias”, “Mais energia solar” e, sempre menos CO2.

Além de cartazes com reivindicações e árvores recortadas em cartão, de associações e movimentos diversos, via-se também um homem equilibrando acima da cabeça dois enormes ramos de árvore, e também outro com a bicicleta pela mão e um letreiro nas costas onde se lia “Eu faço a minha parte”.

Há duas semanas que em Paris estão reunidos representantes de 195 países mais a União Europeia para chegar a um acordo que reduza as emissões de gases com efeito de estufa para conseguir limitar o aumento da temperatura do planeta e evitar fenómenos extremos, como ondas de calor, secas, cheias e subida do nível do mar.

O encerramento da conferência estava previsto para sexta-feira, mas foi necessário prolongar as negociações, já que não havia ainda consenso acerca do texto de acordo.

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