Paulo Portas convidou Adriano Moreira, ex-líder do CDS, agora com 93 anos, a integrar o Conselho de Estado, no lugar que o PSD cedeu ao partido. “É uma homenagem à sabedoria e um tributo ao sentido de Estado”, justifica fonte do CDS ao Observador, acrescentando que “o professor Adriano Moreira é um dos mais persistentes e profundos defensores do humanismo cristão em Portugal. A nossa corrente doutrinária não podia ficar melhor representada no Conselho de Estado”, diz a mesma fonte.

O nome de Adriano Moreira fecha a lista dos mais que prováveis novos nomes do órgão de aconselhamento do Presidente da República – que transitarão para o chefe de Estado que será eleito em janeiro. PS e PSD apresentarão duas listas diferentes a votos, numa eleição que deve acabar com a nomeação de três lugares para a esquerda e dois para a direita, tendo em conta a maioria existente no Parlamento.

O PS indicou Carlos César (líder parlamentar e presidente do partido) e cedeu um lugar a cada partido à sua esquerda – com o BE a indicar Francisco Louçã (fundador do Bloco) e o PCP a levar Domingos Abrantes, um histórico do Comité Central que fugiu de Caxias há 50 anos – precisamente no tempo em que Adriano Moreira era ministro da Ultramar.

Já à direita, o PSD indicará o fundador e militante número 1, Francisco Pinto Balsemão.

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