O presidente checo voltou a fazer declarações controversas, desta vez na mensagem de Natal que deixou ao país. Milos Zeman defendeu que a onda de refugiados que querem entrar na Europa é “uma invasão organizada” e acrescentou que os jovens sírios e iraquianos devem ficar nos seus países para combater o Estado Islâmico, escreve o The Guardian.
“Estou convicto de que estamos a enfrentar uma invasão organizada e não um movimento espontâneo de refugiados”, disse.
O chefe de Estado checo acredita que a compaixão só deve existir para os refugiados que são velhos ou doentes e para as crianças, mas não para os homens jovens que têm como missão lutar com os jiadistas: “A grande maioria de migrantes ilegais são homens novos, que estão bem de saúde, e solteiros. Pergunto-me porque estes homens não pegam nas armas para lutar pela liberdade dos seus países, contra o Estado Islâmico”, atirou o presidente de 71 anos, eleito em 2013.
Mais: Zeman comparou a migração atual com a dos checos que abandonaram a Checoslováquia quando esta estava sob a ocupação nazi, de 1939 a 1945.
Já o primeiro-ministro checo, Bohuslav Sobotka, que tem criticado outras declarações do presidente, defende que as palavras de Zeman se baseiam “em preconceitos e na sua habitual simplificação dos assuntos”.
Não é a primeira vez que o presidente checo faz declarações controversas. Na semana passada, por exemplo, Zeman disse que a República Checa deve entrar no euro logo no dia seguinte a uma eventual saída da Grécia. E disse ainda estar “muito desiludido” porque a sua defesa de que a Grécia saísse do euro, no verão, não se materializou.