Nadine não é um robô qualquer. Com a sua pele suave e o volumoso cabelo castanho, é muito semelhante a qualquer ser humano. Tem a sua própria personalidade e é até capaz de expressar emoções. Pode ficar feliz ou triste, consoante o tema de conversa, e é capaz de reconhecer pessoas com quem já teve contacto.
O robô foi criado por uma equipa de cientistas da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, liderada pela cientista Nadia Thalmann. Thalmann, a mulher que deu vida e rosto a Nadine, acredita que robôs deste género serão bastante populares no futuro e que serão usados em casa, em escritórios e para a distribuição de cuidados de saúde numa população cada vez mais envelhecida.
Meet Nadine, the world's most human-like robot https://t.co/M8nVpre9x6 via @telegraphsci pic.twitter.com/wzQFgnyOzz
— The Telegraph (@Telegraph) December 29, 2015
“As tecnologias robóticas avançaram significativamente nas últimas décadas e já estão a ser utilizadas na manufatura e na logística”, explicou ao Telegraph a também diretora do Instituto de Inovação para os Media. “À medida que os países do mundo enfrentam dificuldades com o envelhecimento da população, os robôs sociais podem tornar-se numa solução para a diminuição da força de trabalho.” Para além disso, Thalmann acredita que robôs como Nadine poderão ser uma companhia para crianças e idosos e até servir de plataforma para a “distribuição de serviços de saúde no futuro”.
Nadine funciona através de um software semelhante ao da Siri, da Apple, ou da Cortana, da Microsoft, permitindo-lhe assim interagir com os humanos. O robô faz parte do trabalho que tem sido desenvolvido por Thalmann e pela sua equipa nos últimos anos, e que envolve a aplicação de diferentes disciplinas, como a informática, a linguística e a psicologia, na área da robótica social.
Meet Nadine, a humanoid social robot created by NTU – e27: Science World ReportMeet Nadine, a humanoid social … https://t.co/NXwRmeoEtO
— robots_forever (@robots_forever) December 30, 2015
O objetivo é criar os humanos “virtuais”, que existem no interior dos computadores, e transformá-los em algo real e palpável, que consiga observar e interagir — como Nadine. “É como um companheiro real que está sempre contigo e que tem consciência do que está acontecer”, explicou Thalmann. “Por isso, no futuro, os robôs sociais podem vir a ser como o C-3PO, o icónico robô dourado da Guerra das Estrelas, com conhecimento da língua e da etiqueta.”