O presidente interino da Confederação da América do Norte, Central e Caraíbas (CONCACAF), o hondurenho Alfredo Hawit, foi extraditado para os Estados Unidos, onde está acusado de crimes de corrupção, anunciaram hoje as autoridades norte-americanas.

O antigo vice-presidente da FIFA deverá comparecer hoje em tribunal em Nova Iorque para responder a acusações de ter recebido milhões de dólares em subornos enquanto secretário-geral da federação de futebol das Honduras, entre 2008 e 2014, confirmou fonte do FBI, citada pelas agências internacionais.

Hawit, de 64 anos, desempenha as funções de vice-presidente da FIFA e é o quinto dirigente detido no âmbito do escândalo de corrupção que atingiu o organismo regulador do futebol mundial que aceitou ser extraditado para os Estados Unidos.

O hondurenho foi detido em Zurique, na Suíça, a 03 de dezembro, em conjunto com o paraguaio Juan Angel Napout, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e, igualmente, vice-presidente da FIFA.

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O Ministério da Justiça suíço informou que os dois dirigentes “receberam, alegadamente, dinheiro em troca da venda de direitos de comercialização relacionados com torneios de futebol na América Latina, bem como dos jogos para as qualificações do Mundial”.

As autoridades judiciais helvéticas confirmaram que os dois vice-presidentes da FIFA foram detidos com base em “pedidos de detenção apresentados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a 29 de novembro de 2015”.

A FIFA foi abalada por um escândalo de corrupção em maio, a dois dias da reeleição de Joseph Blatter como presidente do organismo máximo do futebol mundial, num processo aberto pela justiça dos Estados Unidos e que levou à acusação de 14 dirigentes e ex-dirigentes.

No início de junho, Blatter apresentou a demissão, abrindo o caminho para novas eleições, que foram marcadas para 26 de fevereiro de 2016.

A 25 de setembro, o Ministério Público suíço instaurou um processo criminal a Blatter, que foi interrogado na qualidade de arguido, por suspeita de gestão danosa, apropriação indevida de fundos e abuso de confiança.