O explorador Henry Worsley morreu de exaustão e desidratação enquanto tentava atravessar a Antártida sozinho. Aos 55 anos, o ex-militar do exército britânico quis ser a primeira pessoa a atravessar aquele que é considerado o continente gelado, sem ajuda. Aguentou 71 dias. De acordo com a BBC, foi a mulher Joanna quem deu a notícia.

Henry Worsley começou a travessia de 1.770 quilómetros em novembro. Para a viagem de 80 dias, o explorador levou um trenó contendo comida, uma tenda e equipamentos. O plano passava por não receber apoio de ninguém durante a travessia e estimava-se que perderia 12,7 kg.

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O explorador estava a cerca de 48 quilómetros de atingir o seu objetivo. Pediu ajuda depois de ter percorrido 1469 quilómetros e chegou a ser socorrido pela equipa médica da Clinica Magallanes, em Punta Arenas, no Chile. Mas já não foi possível evitar a falência dos órgãos.

Henry Worsley era amigo da casa real britânica. Na sequência da notícia sobre a sua morte, o príncipe William disse que ele e o seu irmão estavam “muito tristes” com a perda de Henry Worsley. “Era um homem que mostrou muita coragem e determinação e estou incrivelmente orgulhoso de estar associado a ele”, afirmou, assegurando que a família receberia a ajuda necessária a para ultrapassar este período difícil.

O objetivo da travessia passava por angariar 100 mil libras (132 mil euros) para o Endeavour Fund, que ajuda militares feridos em combate ou doentes.