O eurodeputado social-democrata José Manuel Fernandes afirmou esta sexta-feira à agência Lusa que o seu colega socialista Pedro Silva Pereira teve “afirmações inacreditáveis” e “mentiu descaradamente”.
“Pedro Silva Pereira teve afirmações inacreditáveis, mentiu descaradamente”, disse o eurodeputado do PSD José Manuel Fernandes em declarações à Lusa.
O eurodeputado socialista Pedro Silva Pereira defendeu que há muita gente na direita a agir “na sombra contra os interesses de Portugal”, não se batendo por eles ou empurrando para “um conflito aberto” com a Comissão Europeia.
O eurodeputado e ex-ministro deu como exemplo, o eurodeputado do PSD José Manuel Fernandes, a quem acusou de se ter oposto à consagração do princípio do benefício das economias mais afetadas pela crise no plano dos investimentos Juncker.
“Eu fui o relator do Plano Junker, do Fundo Europeu para os Planos Estratégicos, fui eu que o propus e foi aprovado, que na seleção dos projetos a coesão territorial e a criação de emprego devem ser elementos para essa seleção, o que é importante para Portugal”, salientou o eurodeputado José Manuel Fernandes.
Segundo José Manuel Fernandes, também foi por sua proposta que o “mau rating de um Estado-membro não pudesse ser um fator depreciativo dos projetos”.
“Está aprovado também que o fundo não pode ter uma concentração geográfica ou temática, que deve colmatar as falhas de mercado”, disse.
Para José Manuel Fernandes, a afirmação de Pedro Silva Pereira é “inimaginável” e “inaceitável” até porque votou a favor do documento.
“Depois há aqui uma coisa que é absurda, é que o Plano Junker foi aprovado em 24 de junho de 2015, e, nessa altura, era Pedro Passos Coelho o primeiro-ministro e não se pode omitir esse facto. Se a narrativa de Pedro Silva Pereira fosse verdadeira eu estaria a prejudicar o primeiro-ministro que apoiei, ou seja, Pedro Passos Coelho”, sublinhou.
José Manuel Fernandes concluiu, sublinhando que a atitude do seu colega “revela má-fé”.