A crise humanitária no Sudão do Sul tem dimensão “catastrófica” e continua a agravar-se, com os dois lados do conflito a “arrastarem os pés” na implementação do acordo de paz, disse o chefe da missão da ONU.

Herve Ladsous, chefe da missão de manutenção de paz das Nações Unidas, sublinha que “dezenas de milhares de pessoas morreram” e cerca de dois milhões tiveram de abandonar as suas casas devido à guerra, agora no seu terceiro ano.

Apesar de um acordo de paz ter sido alcançado em agosto, “as partes envolvidas estão a arrastar os pés na sua implementação”, disse Ladsous, na quarta-feira, aos jornalistas.

“Ainda não temos um Governo de transição e a situação económica e humanitária é catastrófica e continua a deteriorar-se”, disse Ladsous.

Um dirigente da ONU indicou que o número de mortos no conflito já chegou aos 50 mil.

Após conquistar a independência em 2011, o Sudão do Sul mergulhou numa guerra civil em dezembro de 2013, gerando-se uma onda de mortes por retaliação que dividiu ainda mais o país etnicamente diverso.

O Reino Unido está a pressionar para que seja imposto um embargo de armas no Sudão do Sul, mas a Rússia opõe-se a esta medida, argumentando que será mais facilmente imposta contra o Governo do que contra os rebeldes.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR