Em Lisboa, o comissário europeu dos Assuntos Económico disse que Bruxelas não serve para dar “sermões” a Portugal, mas que continuará a “persuadir” Portugal para que as reformas estruturais prossigam e ultrapassem “lacunas na economia portuguesa”. Moscovici focou o discurso na entrega do Programa de Estabilidade e Crescimento que será apresentado por Portugal em abril.

“Não discutimos outras medidas. A discussão sobre o orçamento ainda está a decorrer a nível parlamentar”, garantiu Pierre Moscovici em conferência de imprensa com Mário Centeno no Ministério das Finanças. O comissário disse, no entanto, que ficou claro que a Comissão e o Governo português teriam de “discutir o Programa de Estabilidade” e “um programa nacional de reformas dentro dos quadros estabelecidos pela União Europeia”.

O ministro Mário Centeno recusou comentar os 700 milhões de euros de medidas adicionais que serão necessários até à primavera, esclarecendo que esses números avançados pelo Diário Económico são notícias que “não merecem qualquer comentário”. Por seu lado, Moscovici disse que a Comissão Europeia vai dar “conselhos” a Portugal e tentar “persuadir” o país a continuar o caminho reformista.

O comissário afirmou ainda que tal como fazer “os verdadeiros amigos”, a Comissão reconhece que Portugal “ainda enfrenta bastantes dificuldades”, especialmente no que diz respeito a questões sociais, mas garantiu que Bruxelas está pronta para “apoiar as autoridades portuguesas”. A prova de fogo será agora em abril, quando Portugal apresentar à Comissão Europeia o Programa de Estabilidade e Crescimento atualizado pelo novo Governo.

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