Por esta altura já saberá o que é o Pokémon GO e porque é que o jogo está a dar tanto que falar. No Observador, começámos por lhe ensinar a instalar o jogo, antes mesmo de ser oficialmente lançado em Portugal. Depois, a partir desta sexta-feira, a aplicação ficou finalmente disponível nas versões portuguesas da App Store (iOS) e da Play Store (Android). E já lhe contamos até algumas situações muito estranhas relacionadas com o jogo — recorde-as aqui e aqui.

Ficou só a faltar uma coisa. Afinal, como é que se joga ? Pois bem: se quer partir para a aventura no mundo dos pokémons, reunimos uma série de tópicos com explicações e dicas para se iniciar como treinador. Puxe uma cadeira, pegue no lápis e no caderno e aprenda com este guia básico para o Pokémon GO, o mais recente jogo da saga japonesa.

Noções básicas

  • Pokémon: São as criaturas em torno das quais gira todo o jogo. No total, existem 151 espécies diferentes de pokémons que pode encontrar, apanhar ou evoluir. Os pokémons podem lutar entre eles e tornarem-se mais fortes com o treino. Alguns pokémons são muito comuns. Outros são muito raros e difíceis de apanhar. Ah, e os pokémons nunca morrem. Só desmaiam. E têm de ser curados. Cada pokémon tem um tipo (erva, fogo, água, terra, eletricidade e por aí em diante) e isso determina as suas fraquezas e vantagens. Por exemplo, um pokémon do tipo fogo é bastante eficaz contra os de tipo erva, mas é bastante fraco contra os pokémons do tipo água.
  • Treinador: São todos aqueles que se dedicam a apanhar e a evoluir pokémons. Ou seja, basicamente, todos aqueles que jogam o jogo. O objetivo dos treinadores é, no fundo, ter um exemplar das 151 espécies de pokémons à solta no mundo. Daí a velha máxima de “vamos apanhá-los todos”, que é associada ao franchise desde sempre. No Pokémon GO, os treinadores também vão subindo de nível à medida que vão ganhando experiência. E isso faz-se jogando.
  • Pokébola: É um objeto esférico e oco que serve para apanhar pokémons. Existem vários tipos diferentes de pokébolas, mas as básicas aparecem pintadas de vermelho e branco. Cada pokébola só pode ser usada uma vez. Para se apanhar um pokémon, atira-se-lhe uma pokébola. O pokémon não fica necessariamente preso na pokébola à primeira tentativa. Após capturar com sucesso um pokémon selvagem, esse pokémon fica para sempre associado a essa pokébola.
  • Pokédex: É um aparelho que regista informações relativas a todas as espécies de pokémons que um determinado treinador tem, ou com as quais já se cruzou no jogo. Todos os treinadores têm um.
  • Pokéstop: São locais onde os treinadores podem abastecer-se de pokébolas e ganhar outros itens relevantes para o jogo. Na vida real, esses locais podem ser monumentos, bibliotecas, parques, postos do correio ou qualquer outro sítio que o jogo interprete como sendo um ponto de paragem. No mapa, as pokéstops aparecem representadas por um pequeno cubo azul.
  • Ginásio: A par de apanhar pokémons, os ginásios são o outro ponto central de todo o desafio. São também pontos de interesse público no mundo real que, no jogo, se convertem em grandes estruturas facilmente identificáveis no mapa. Só pode entrar num ginásio quando a sua personagem alcançar o nível cinco. Existem três equipas no jogo, representadas pelas cores amarela, azul e vermelha (Instinct, Mystic e Valor, respetivamente). No mapa, pode ver a que equipa pertence cada ginásio através da cor do ícone. Quando entra num ginásio pela primeira vez, passará a pertencer à equipa que tiver conquistado esse ginásio. Num ginásio, pode ainda fazer três coisas: treinar os seus pokémons lutando contra pokémons da mesma equipa; defender um ginásio da sua equipa, disponibilizando pokémons dos seus; ou tentar controlar um ginásio inimigo, lutando contra as equipas adversárias.

Os cubos azuis são pokéstops, enquanto a grande estrutura ao fundo é um ginásio

O início da aventura

Neste guia, aprenderemos apenas o básico para se iniciar no Pokémon GO. A partir daí, o resto virá por acréscimo e, além disso, não lhe queremos estragar a diversão.

A primeira coisa a fazer é escolher o género da sua personagem e selecionar os traços físicos que forem do seu agrado. Quando terminar, poderá ver o mapa com o seu jogador ao centro. Esse mapa é, também, o mapa real da sua aldeia, vila ou cidade, dependendo do sítio onde está na vida real. À sua volta, terá três pokémons:

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

  • O cor de laranja é o Charmander, que é do tipo fogo;
  • O pokémon azul é o Squartle, um pokémon aquático;
  • O verde é o Bulbasaur, um pokémon do tipo erva.

Um deles é para si: terá de o apanhar. E, para isso, basta carregar nele. Com o dedo, arraste e atire-lhe uma pokébola, aquelas coisas vermelhas e brancas que servem para apanhar criaturas no jogo. Tem de lhe acertar mesmo para que a pokébola tenha efeito. E está feito. Esse será o seu primeiro companheiro de aventura. (Não conte a ninguém, mas há ainda um quarto pokémon que pode escolher: é o Pikachu, o pokémon mais popular de todos. Precisa de alguma paciência para o apanhar, mas descubra aqui o truque.)

Agora que tem o seu primeiro pokémon, é preciso escolher um nome para a sua personagem. Esse nome será único no jogo e não poderá ser usado por mais ninguém em nenhuma parte do mundo. Escolha bem.

Depois disto, já estará tudo pronto para começar a aventura. Ponha a mochila às costas e saia de casa. Vamos lá então.

A sua personagem também pode evoluir ao longo do jogo

Ir a uma pokéstop

Escolha um dos ícones azuis nas redondezas e dirija-se até lá — se está numa grande cidade, o local não deverá estar muito longe e poderá ir a pé. Se vive num sítio mais remoto, poderá ter de se deslocar de carro ou de transportes públicos até encontrar uma pokéstop.

Uma vez próximo do local, carregue no ícone que aparece no mapa. No ecrã, aparecerá uma fotografia circular do sítio onde está. Arraste o dedo da esquerda para a direita para ver quais os itens que poderá recolher. Depois, clique neles para os guardar.

Se por acaso o seu telemóvel começar a vibrar, isso significa que haverá um pokémon por perto — no canto inferior direito do ecrã é possível ver que pokémons selvagens existem nas redondezas. E isso leva-nos ao próximo ponto.

Apanhar um pokémon selvagem

Há duas formas de saber que existem pokémons selvagens nas redondezas: ou aparece indicado no canto do ecrã, ou o telemóvel começa a vibrar. Quando, no mapa, vir vegetação a abanar, isso significa também que há por ali um pokémon.

O pokémon aparecerá visível no mapa quando estiver perto dele. Clique na criatura para a poder apanhar. Como fez no início do jogo, terá de lhe lançar uma pokébola e acertar-lhe mesmo em cheio. Haverá um anel em torno do pokémon: se for verde, deverá bastar uma ou duas pokébolas até conseguir; se for vermelho, será um bocadinho mais difícil. O anel também vai mudando de largura. Quando mais estreito, maiores serão as probabilidades de o apanhar.

Se não estiver a conseguir, experimente desligar o modo AR (Realidade Aumentada) no botão do topo, à direita. Em vez de sobreposto à câmara do telemóvel, o pokémon aparecerá mesmo ao centro do seu ecrã. Mas não é tão divertido. Pode ainda fugir e abandonar o pokémon, carregando no ícone à esquerda.

E o que fazer se não existirem pokémons por perto? Abra o menu da aplicação (na pokébola ao centro e na base do ecrã), entre na secção dos itens e use um módulo “Incense”. Esse artefacto vai atrair pokémons para perto de si durante 30 minutos. No início, são-lhe dadas duas unidades desse item. Mais tarde, se quiser mais, terá de as comprar com a moeda virtual do jogo — e que, por sua vez, pode ser adquirida com dinheiro real.

Só é possível apanhar pokémons selvagens

Evoluir, evoluir, evoluir

Como em todos os jogos deste género, o segredo está em evoluir. Quanto mais jogar, mais forte será no jogo. O principal passa por evoluir a sua própria personagem, adquirindo pontos de experiência (XP). Pode ganhar experiência capturando pokémons, incubando ovos de pokémon enquanto se desloca no jogo (o mínimo são dois quilómetros), descobrindo novas espécies de pokémon, visitando pokéstops ou mesmo treinando em ginásios.

Quanto aos próprios pokémons, cada um está associado a dois indicadores: CP, que é a quantidade de dano que pode infligir num adversário, e o HP, que é a quantidade de dano que pode receber. À medida que um pokémon evolui, essas métricas também evoluem de forma paralela.

Esse tipo de evolução chama-se PowerUP e precisa de duas coisas: Stardust, que é uma substância que se ganha quando se apanham novos pokémons novos, e Pokémon Candy, que é uma substância associada a cada espécie de pokémon (por exemplo, o Pikachu usa Pikachu Candy). Ganhar Candy faz-se também capturando um determinado tipo de pokémon. Por exemplo, para ganhar Pikachu Candy terá de apanhar vários Pikachu. Transfira os pokémons que não quer para o Professor Willow para receber mais dessa substância (botão “Transfer” no jogo).

Uma boa dica para iniciantes é ir gastando os recursos num pequeno grupo de pokémons. Assim, terá um pequeno esquadrão de pokémons fortes para quando for preciso partir para a batalha.

É possível ver ao detalhe as estatísticas de cada pokémon capturado

Outras dicas

Por fim, deixamos algumas dicas que tornarão o seu jogo mais fácil:

  • O tipo de pokémons que encontra está diretamente relacionado com o local onde está. Por exemplo, encontrará mais pokémons aquáticos junto a cursos de água, pokémons do tipo erva em parques e por aí em diante. Não se espante se encontrar um Ghastly, um pokémon fantasma, junto a um cemitério, por exemplo.
  • Andar de transportes públicos é uma forma fácil e rápida de encontrar pokébolas. Se andar de autocarro, por exemplo, basta clicar na pokéstop quanto estiver a passar junto dela. Obviamente que este truque não funciona no metropolitano, tendo em conta que é necessário um sinal de GPS para o jogo funcionar.
  • O jogo gasta bateria. Muita, mesmo. Para ter a noção, uma hora de jogo deve significar metade da bateria gasta. Nas definições do jogo há uma opção que ajuda a poupar energia e poderá querer ativar. De qualquer forma, previna-se e leve uma ou várias power banks consigo.

Desejamos-lhe uma boa aventura. E, como se costuma dizer, go catch ’em all!