O atleta sul-africano Oscar Pistorius, que cumpre uma pena de prisão de seis anos pelo homicídio da namorada, foi conduzido ao hospital com ferimentos nos pulsos, noticiou este domingo a imprensa local.
“Tinha graves cortes nos pulsos e os médicos fizeram curativos nas feridas”, disse ao jornal City Press um dos dois guardas que asseguram a segurança do hospital Pretória, adiantando ter encontrado facas na cela do atleta.
Durante a audiência do tribunal, na qual a sentença foi dada, o advogado de Oscar Pistorius argumentou que o atleta sofre de depressão grave e pediu ao juiz que não o enviasse para a prisão e permitisse o cumprimento da pena em prisão domiciliária.
Segundo o porta-voz das autoridades prisionais, Singabakho Nxumalo, Oscar Pistorius, de 29 anos, o antigo corredor paraolímpico foi escoltado de volta para a prisão depois de terem sido tratados os ferimentos, e o pai do atleta, Henke, confirmou o seu regresso à prisão.
Guardas consultados pelo jornal sul-africano afirmaram que Pistorius tem uma atitude de raiva na prisão, mantém grandes quantidades de droga não autorizada na cela e recebe tratamento preferencial dos funcionários.
Pistorius matou a namorada na manhã de 14 de fevereiro de 2013 em casa, na capital da África do Sul, disparando quatro vezes pela porta da casa de banho fechada.
O sul-africano alegou que tinha confundido a namorada com um intruso e disparou em pânico, tendo tido uma primeira condenação de cinco anos de prisão que foi anulada pelo Supremo Tribunal que considerou ter havido intenção clara de matar.
Pistorius nasceu com um problema genético que levou a uma amputação das pernas, abaixo dos joelhos, aos 11 meses de idade, e apesar disso alcançou o topo do atletismo nos Jogos de Londres de 2012, onde se tornou o primeiro atleta com as duas pernas amputadas competir nos Jogos Olímpicos com outros atletas não deficientes.