Se está a pensar em renovar a garagem, temos uns modelos que lhe podem interessar. A si, e a apelidos como Gates, Slim, Buffett, Ortega e Ellison – só para mencionar os cinco primeiros da lista das 62 pessoas cuja riqueza equivale à de metade do mundo inteiro. Mas não é preciso exagerar: é certo que são propostas tão onerosas quanta exclusivas, mas estarão ao alcance do mais comum dos mortais. Desde que possam passar cheques com sete algarismos – com cobertura, claro.
Elaborámos o ranking dos 10 automóveis mais caros do mundo, tendo como critério não apenas o preço, mas igualmente a necessidade de cumprirem um requisito em particular: têm de ser veículos que cumprem as normas mínimas para poderem circular na via pública. Ou seja, nada de clássicos ou de carros para bater recordes de velocidade em pista.
Curiosamente (ou não), a lista abre, fecha, e tem no meio da tabela a Koenigsegg. Três lugares em 10 não está nada mau para a marca sueca, que assim supera quer a Bugatti quer a Ferrari, ambas com dois modelos cada, neste ranking de obras de arte sobre rodas.
1 – Koenigsegg CCXR Trevita: 4,3 milhões de euros
Este é o carro mais caro do mundo, confirmou a própria Forbes em 2015, e nem sequer se trata do último lançamento da Koenigsegg. O preço – aparentemente exagerado – tem uma explicação: o bólide está coberto de diamantes. Literalmente. E todos sabem que as pedras preciosas têm o condão de fazer disparar os custos seja do que for. Neste caso em concreto, o construtor sueco aplicou um novo acabamento exterior, denominado Koenigsegg Proprietary Diamond Weave, o qual consiste em revestir a fibra de carbono com uma resina impregnada de pó de diamante. E, para máxima exclusividade, só foram produzidas duas unidades – inicialmente estavam previstas três, mas o tratamento da fibra de carbono utilizada no Trevita fez com que o carro fosse extremamente difícil e demorado de fabricar, pelo que a marca sueca decidiu limitar a edição a dois exemplares.
Mas não é só a pintura que é brilhante neste Koenigsegg, o motor também se destaca. Trata-se de um V8 de 4,8 litros, com uma potência total acima de 1000 cv. Curioso? Para saber mais, clique aqui.
2 – Lamborghini Veneno: 4 milhões de euros
Este veneno dá cabo de qualquer um, mais que não seja pelo preço. Pode não matar, mas mói saber que se trata de um dos automóveis mais exclusivos do planeta. Desenvolvido para marcar a celebração dos 50 anos da marca, este Lamborghini teve apenas direito a três unidades na versão Coupé e mais nove Roadster. Tanta contenção na produção levou a que, mesmo usado, este supercarro mais que tenha triplicado o seu valor original em três anos. A prova disso é que um Coupé como novo (com 840 km) está à venda num site alemão por 9,9 milhões de euros…
Este Aventador modificado tem um motor 6.5 V12 de 750 cv de potência e só precisa de 2,8 segundos para ir de 0 a 100 km/h. A velocidade máxima é de 355 km/h. Para saber mais, clique aqui.
3 – W Motors Lykan Hypersport: 3,1 milhões de euros
Custa menos um milhão que o Veneno, mas também promete proezas de assinalar, ou não tivesse sido a estrela de “Fast and Furious 7”, onde o pudemos ver em acção. Sorte a de Vin Diesel que o experimentou, enquanto nós só podemos imaginar do que será capaz este superdesportivo com 770 cv. Os dados anunciados apontam para os 0 aos 100 km/ em 2,8 segundos, ao passo que os 200 km/h ficam para trás ao fim de 9,4 segundos.
Esta criação libanesa atinge 385 km/ de velocidade máxima, mas como nem só de motor vivem os carros mais caros a circular em estrada, este tem a particularidade de poder adornar os LED dianteiros com pequenos diamantes incrustados. Foram produzidos apenas sete exemplares. Para saber mais, clique aqui.
4 – Bugatti Veyron por Mansory Vivere: 3 milhões de euros
Cada uma das unidades da edição especial Mansory Vivere do todo-poderoso Bugatti Veyron está à venda por um valor que arranca nos 3,4 milhões de dólares. Mas este Bugatti não é só um dos automóveis mais caros do mundo, é também um dos mais rápidos, cortesia de um motor com 1200 cv. Para saber mais, clique aqui.
5 – Koenigsegg One:1: 2,8 milhões de euros
Com quase 3 milhões, compra-se muita coisa. Ou, então, compra-se só uma: um dos exemplares da edição limitada a sete unidades do Koenigsegg One:, que se baseia no Agera R. É o preço a pagar pela relação 1 kg de peso por 1 cv de potência. Como o conjunto pesa 1341 kg, temos que o desportivo sueco conta com um motor 5,0-V8 biturbo com 1341 cv e mais de 1000 Nm de binário, anunciando uma aceleração de cerca de 20 segundos nos 0-400 km/h, e uma velocidade máxima superior a 400 km/h. Há dias, foi notícia e não pela melhor das razões.
6 – Ferrari Sergio: 2,7 milhões de euros
O Ferrari Sergio não é apenas um Ferrari: é um Ferrari desenhado pela lendária casa italiana Pininfarina, ou não fosse uma homenagem ao seu fundador, Sergio Pininfarina, falecido em 2012. Modelo de produção limitada a seis unidades, cada uma a custar 3 milhões de dólares, este roadster conta com uma versão com 605 cv do motor V8 de 4497 cc naturalmente aspirado – o mesmo do 458 Speciale, o que lhe permite ir dos 0 aos 100 km/h em 3 segundos. O interior é praticamente idêntico ao do 458 Spider, excepção feita para a utilização de revestimentos em preto com costuras vermelhas, detalhes em fibra de carbono e inserções em Alcantara nos bancos.
7 – Pagani Huayra BC: 2,4 milhões de euros
Pode dizer-se, sem ofensa, que é uma besta! Ou, pelo menos, um cavalo de corridas. Com um motor central Mercedes-AMG V12 de 6,0 litros, o Pagani Huayra BC foi redesenhado para uma condução “civilizada” em estrada, o que não o impede de manter acesa a sua característica mais marcante: o espírito de pista. Mais leve (menos 136 kg) e com mais equipamento, este superdesportivo debita agora 789cv, além de beneficiar de uma suspensão melhorada e de uma nova caixa manual de sete velocidades. Os 20 exemplares produzidos já foram todos vendidos. Para saber mais, clique aqui.
8 – Bugatti Chiron: 2,4 milhões de euros
Já aqui falámos dele, mas vale sempre a pena recordar alguns números que fazem deste Bugatti o carro de produção mais potente da história. Por exemplo, o facto de ter mais de 1500 cv, estabelecendo nova fasquia, depois de o seu antecessor (Veyron de 2005) ter superado a barreira dos 1000 cv. Mas há mais: 420 km/h de velocidade máxima, aceleração dos 0 aos 100 km/h em apenas 2,5 segundos, e 6,5 segundos para atingir o dobro da velocidade.
9 – Ferrari F60 America: 2,3 milhões de euros
Para celebrar os 60 anos da Ferrari nos Estados Unidos da América, a marca do Cavallino Rampante construiu 10 exemplares desta máquina, cada uma a valer qualquer coisa como 2,3 milhões de euros. Com uma nuance: só quem já tinha um Ferrari na garagem podia comprar esta versão.
Baseado no F12 Berlinetta, o motor V12 naturalmente aspirado com 6,3 litros e 740 cv foi mantido, assim como a tracção traseira e a caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades. A aceleração dos 0 aos 100 km/h é cumprida em 3,1 segundos.
No exterior, destaque para a pintura azul com listas brancas, numa alusão às cores usadas pela North America Team Racing, entre os anos 60 e 80.
10 – Koenigsegg Regera: 1,7 milhões de euros
Também já lhe demos conta das virtudes deste superdesportivo luxuoso e híbrido, com 1500 cv, que chega aos 100 km/h em menos de 2,8 segundos. Mas nada como recordar por que razão este modelo sueco encerra a nossa lista. Está claro que o preço ajuda, mas aqui também conta a performance – prova em que o Regera passa com distinção. Um motor a gasolina e três eléctricos permitem-lhe fazer menos de 20 segundos nos 0-400 km/h e que 3,2 segundos na reprise 150-250 km/h.
E esta é a lista das 10 obras de arte mais valorizadas do mundo, com quatro rodas. Mas há outra lista, que o Observador revelará amanhã, a dos veículos que, por direito próprio, merecem uma menção honrosa. E acredite que há modelos que mereciam muito mais do que isso.