Procuradores franceses acusaram, esta segunda-feira, Nicolas Sarkozy de ter recebido financiamento ilegal na sua campanha para as eleições presidenciais de 2012, quando procurava um segundo mandato como Presidente. Os procuradores pretendem que o ex-Presidente seja julgado e responda às acusações ligadas ao escândalo Bygmalion.

Em fevereiro, o ex-Presidente tornou-se alvo de uma investigação sobre o escândalo Bygmalion, depois de ter sido questionada a descoberta de 18 milhões de euros em faturas falsas emitidas pela empresa de organização de eventos Bygmalion. A empresa tinha sido criada por dois familiares de Alain Juppé, o então líder do partido União por um Movimento Popular, atual partido Os Republicanos, de Sarkozy.

A Bygmalion foi responsável por organizar alguns dos eventos da campanha de reeleição e, alegadamente, passou faturas em nome do partido, em vez de cobrar à campanha de Sarkozy. A campanha do então Presidente terá ultrapassado largamente os 22,5 milhões de euros que a lei permite e esses custos extra terão sido escondidos pela Bygmalion, informa a AFP.

O advogado de Sarkozy, Thierry Herzog, declarou que a tentativa de julgar o ex-Presidente é uma “manobra política” para prejudicar a campanha eleitoral, acrescentando que “os dois anos de investigação mostraram a total falta de envolvimento” de Sarkozy no caso Bygmalion.

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O julgamento está dependente da decisão de um magistrado e a resolução pode ainda ser anunciada durante o mês de setembro.

As primárias do centro-direita francesa irão opor Sarkozy ao ex-primeiro-minsitro Alain Juppé e devem ocorrer em novembro. Quem vencer as primárias deve enfrentar François Hollande e Marine Le Pen nas eleições presidenciais de 2017.

Em agosto Sarkozy anunciou que se iria candidatar à presidência francesa nas eleições de 2017.