O primeiro-ministro, António Costa, estará esta sexta-feira em Atenas, capital da Grécia, para uma cimeira de líderes dos países do sul da União Europeia (UE), que prepararão a cimeira informal dos Estados-membros da UE marcada para a próxima semana.
“A reunião é já de si importante porque é a primeira vez que os países do sul se reúnem para apresentarem uma visão de conjunto, tal como já fazem os países do leste e, também, quando se sabe que os Estados-membros do norte têm uma atuação bastante articulada”, disse António Costa aos jornalistas na quinta-feira.
O chefe do executivo português disse acreditar que se “abandonou a lógica entre os países do sul em que nenhum se queria parecer com o vizinho do lado”.
“Assumimos agora com orgulho que fazemos parte da mesma região no quadro da União Europeia. Os países do têm obviamente realidades próprias, ou desafios económicos e sociais de caráter específico. Mas, este encontro, ajudará a unir e não a dividir a Europa na diversidade daquilo que é a sua realidade”, acrescentou.
O encontro, promovida por Atenas, contará, para além do primeiro-ministro helénico, Alexis Tsipras, e do seu homólogo português, com os chefes dos executivos de Chipre, França, Itália e Malta.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, foi também convidado para a cimeira mas não marcará presença porque como o executivo espanhol está em gestão, a agenda internacional do chefe do Governo limita-se a cimeiras imprescindíveis. Rajoy estará presente, contudo, na reunião europeia informal de 16 de setembro em Bratislava (Eslováquia), encontro no qual o Reino Unido não irá participar e em que será debatido o futuro da União após o Brexit (saída do Reino Unido da UE).
O plano de Tsipras para a reunião de hoje passa por abordar com os seus parceiros mediterrânicos os desafios que a UE enfrenta nos planos económico, político e institucional, e procurar uma posição conjunta face aos diversos desafios.
Fontes do executivo helénico explicaram já que o encontro pretende também abordar a capacidade dos países do sul da Europa de influenciar a agenda europeia em questões como a defesa do acervo social europeu, o desenvolvimento económico e a crise de refugiados.
A reunião dos chefes de Governo decorrerá entre as 13h00 e as 16h30 de Atenas, mais duas horas que em Lisboa.