As forças de segurança espanholas dizem temer a ameaça do Estado Islâmico (EI) que poderá reconquistar Al-Andalus” através da Líbia e do Magrebe, referem vários relatórios a que o jornal El Mundo teve acesso. Neles refere-se que a organização pretende atacar o território espanhol e o resto da Europa a partir de território líbio, uma vez que os terroristas estão a expandir-se para este país. No entanto, os investigadores também destacam a região do Magrebe como uma plataforma para atacar o continente europeu.
Um dos motivos que leva as forças de segurança espanholas a temer um ataque é a perda recente, pelo Estado Islâmico, de território na Síria e no Iraque devido à pressão internacional, isto quando a sua estratégia assenta na “propaganda, expansão e confronto com o Ocidente”. No entanto, o reforço das posições do EI nestes novos países apresenta outra vantagem para além da posição estratégica favorável: o petróleo.
Segundo os dados fornecidos por esta força de segurança, cerca de 30% dos terroristas de origem europeia voltaram aos seus países quando saíram da Síria. Note-se que, por exemplo no caso de França, saíram cerca de 2.000 pessoas para se juntarem ao Estado Islâmico. No caso espanhol, o número de pessoas que entram em Espanha continua a aumentar. 60% dos migrantes são de origem marroquina, com autorizações de residência,
Já a maioria dos migrantes entram na Europa através da ilha de Lesbos (Grécia), onde os terroristas que provocaram os ataques em França passaram entre os refugiados. Este incidente deveu-se à negligência das autoridades de vários países.
Um relatório da polícia espanhola no início deste ano reconheceu que “o Daesh tem demonstrado a capacidade de perturbar a vida normal na Europa” e argumentou que 2016 começou com uma ameaça “reforçada”.
Em junho deste ano, a Europol destacou que o Estado Islâmico realizou “repetidas ameaças” a Portugal e Espanha e considerou que mais ataques semelhantes aos de Paris podem ocorrer num “futuro próximo” na União Europeia.