A Mercedes é mais uma marca apostada em tomar um dos lugares da frente na corrida à mobilidade eléctrica. E pretende contar com uma gama alargada de modelos deste género a curto prazo: nada menos do que 10 em 2025. O protótipo do primeiro desses modelos foi apresentado no Salão de Paris sob a designação EQ, a nova marca da Mercedes para comercialização dos seus modelos eléctricos, e toma forma num SUV desportivo com configuração de coupé, cuja versão definitiva deverá chegar ao mercado em 2019.
A plataforma modular que lhe serve de base, construída em aço, alumínio e fibra de carbono, foi especialmente desenvolvida para o efeito e será utilizada por todos os membros desta nova família de modelos eléctricos da casa de Estugarda, sejam eles SUV, berlinas, coupés ou outros. O que só é possível graças à sua capacidade para adoptar diferentes valores de distância entre eixos, de largura de vias e, até, distintas especificações de bateria.
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O foco está, naturalmente, no sistema de propulsão, a cargo de dois motores eléctricos – um por cada eixo – que podem oferecer até 300 kW (cerca de 400 cv) de potência e 700 Nm de binário, garantindo a tracção integral permanente e uma aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 5,0 segundos. A autonomia é de até 500 km, graças a uma bateria com mais de 70 kWh de capacidade, já possível de carregar não só no novo sistema combinado europeu (com potência entre 50 kW e 150 kW), como em futuras aplicações de até 300 kW – o suficiente para garantir uma autonomia de 100 km em meros 5 minutos.
Visualmente, o EQ agora apresentado pretende assumir uma aparência distintiva e de imediato identificável com um automóvel eléctrico, combinando elementos de um SUV com outros de um coupé. E, ainda, evocando uma shooting brake quando observado de traseira. Para optimizar a aerodinâmica, os para-brisas estão escondidos e foram suprimidos os tradicionais retrovisores exteriores (substituídos por câmaras) e os puxadores das portas.
O mesmo conceito estilístico foi transportado para o interior com quatro lugares individuais, que tem como um dos atributos mais marcantes a ausência de alavancas, botões ou interruptores de comando (excepto para o ajuste eléctrico dos bancos), tudo sendo comandado através dos controlos tácteis com ecrãs OLED integrados, montados em dois dos três braços do volante multifunções. O painel de instrumentos é digital e recorre a um ecrã TFT de 24”, podendo ser profundamente personalizado, exibindo informação à medida das preferências do utilizador. Sendo ainda de contar, no modelo de produção em série, com as mais recentes soluções de conectividade e de assistência ao condutor.
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