O Ministério dos Transportes da Alemanha considerou que a função Autopilot, do Tesla Model S, representa um “considerável risco rodoviário”. A informação é avançada pela agência Reuters, e tem por base um relatório interno deste ministério, a que a revista alemã Der Spiegel teve acesso.

Nesse mesmo documento, o eléctrico de luxo da marca norte-americana é criticado em vários outros pontos, tendo por base os testes levados a cabo por especialistas da autoridade alemã dos transportes. A saber: os condutores não serem alertados quando o veículo está perante uma situação que o sistema não consegue resolver, os sensores traseiros não terem suficiente alcance para detectar objectos quando em manobras de ultrapassagem, e o sistema de travagem de emergência não actuar adequadamente. De realçar, todavia, que nenhuma das fontes é capaz de precisar se neste processo foi avaliada a mais recente versão 8.0 do sistema Autopilot de assistência à condução.

A Der Spiegel afirma que o ministro alemão dos Transportes, Alexander Dobrindt, não obstante estar a par deste relatório, decidiu não suspender a comercialização do Tesla Model S. À Reuters, e à laia de justificação, o governante sublinhou que ainda não foi realizada uma avaliação final ao modelo, uma vez que decorrem ainda alguns testes adicionais.

Por seu turno, e em comunicado, a Tesla lembrou que sempre deixou claro perante os seus clientes que o Autopilot é um sistema de assistência à condução que obriga a que o condutor esteja permanentemente atento. Reiterando que o mesmo inclui salvaguardas contra má utilização do condutor mais efectivas do que em qualquer outro automóvel actualmente em comercialização, assim como um sistema de travagem de emergência que é uma referência da indústria automóvel actual.

De recordar que o sistema Autopilot tem estado sob forte escrutínio desde Julho último, quando foi noticiado que um condutor de um Model S perdeu a vida na sequência de um acidente ocorrido com um camião, no estado norte-americano da Florida, enquanto fazia uso desta tecnologia. Ao mesmo tempo, o CEO da Tesla, Elon Musk, defende que o Autopilot também pode ter salvo a vida a um condutor envolvido num acidente fatal em Maio passado.

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