A Comissão Europeia anunciou esta quinta-feira que recorreu da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) que considerou que a União Europeia (UE) e alguns Estados-membros desrespeitaram as regras do comércio internacional nas subvenções à Airbus.

“Aspetos significativos” da decisão da OMC “não podem ser considerados satisfatórios”, refere um comunicado da Comissão Europeia, que representa os Estados europeus postos em causa pela OMC (Alemanha, França, Reino Unido e Espanha).

No passado dia 22 de setembro, a OMC considerou que a UE e vários Estados-membros não agiram em conformidade com as regras do comércio internacional mantendo as subvenções ao construtor europeu de aviões Airbus, em detrimento do grupo norte-americano Boeing.

A decisão da OMC foi saudada pelas autoridades norte-americanas. É “uma grande vitória para os Estados Unidos e para os seus trabalhadores do setor aeronáutico”, afirmou o representante norte-americano do comércio externo, Michael Froman, que apontou para subsídios ilegais da ordem dos 22 mil milhões de dólares.

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No comunicado de hoje, a Comissão Europeia considera que a OMC “fez vários erros na avaliação dos alegados prejuízos que as subvenções causaram à Boeing”.

A Comissão Europeia pediu igualmente uma clarificação sobre o número de 22 mil milhões de dólares “recentemente citado na imprensa” como o total dos subsídios em causa.

Washington e Bruxelas mantêm há mais de 15 anos uma disputa sobre a questão das subvenções às respetivas indústrias de aeronáutica.