Todos os construtores submetem os seus veículos a testes em temperaturas extremas, tanto para o frio como o calor. E, quando se pretendem temperaturas máximas, tradicionalmente é o deserto que atravessa os estados americanos da Califórnia, Nevada, Utah e Arizona um dos locais de eleição.
Mas há carros e carros, e se de um modelo normal se pode exigir tudo, já um puro-sangue tipo Ferrari ou Bugatti vê o grau de exigência diminuir consideravelmente. Pelo menos, é que o diz a Bugatti, que afirma ser o seu o único superdesportivo submetido a este tipo de testes.
Não só os clientes dos automóveis com este nível de potência habitualmente não se aventuram pelas estepes geladas da Sibéria, ou pelo deserto escaldante do Nevada, como as suas mecânicas, impressionantemente possantes, não apreciam as temperaturas extremas, especialmente as mais elevadas. Basicamente pelo mesmo motivo que não se realizam corridas de cavalos no pino do calor. Os cavalos, dos motores e os outros, precisam de ar fresco.
Porém, os tempos mudam e a busca por uma maior fiabilidade levou a Bugatti a andar pelos mesmos locais onde a VW – a dona disto tudo, no que respeita ao Grupo VW, é claro – testa igualmente o Golf. E, para documentar a experiência, filmou tudo.
Esqueça agora, por um momento, o superdesportivo e concentre-se no cenário. Deslumbrante! A aventura começa no Death Valley, o Vale da Morte, cuja história pode recordar aqui e, depois de atravessar Las Vegas, rumo ao Monument Valley, onde termina.
Só pelas paisagens vale a pena. E, tudo indica que a manada dos 1.500 animais, que cada um dos quatro Chiron que participaram no teste aloja no seu interior, resistiu ao calor e ao esforço na perfeição. Resta saber se tentaram rodar à velocidade máxima que o modelo pode atingir, pois a polícia americana, sempre muito solícita e cordial, prende quem ouse circular 50% acima da velocidade máxima permitida, que na Califórnia é de 88 km/h (55 milhas por hora). Ora a 420 km/h, ninguém sabe o que poderia acontecer…
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