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Quando o ranking mede o sucesso, escolas secundárias públicas chegam ao topo

Este artigo tem mais de 5 anos

É pública, está em 258.º lugar no ranking das notas nos exames do secundário e em 3.º no do ranking do sucesso. O novo indicador mostra que escolas mais contribuem para o sucesso dos alunos.

Escolas mal posicionadas no ranking dos exames, conseguem bons lugares no ranking do sucesso
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Escolas mal posicionadas no ranking dos exames, conseguem bons lugares no ranking do sucesso

Getty Images

Escolas mal posicionadas no ranking dos exames, conseguem bons lugares no ranking do sucesso

Getty Images

A Escola Básica e Secundária de Arga e Lima, em Lanheses, no distrito de Viana do Castelo, que está em 258.º lugar no ranking das escolas secundárias, aparece em terceiro lugar no ranking do sucesso elaborado pelo Observador/Nova SBE, com base nos dados disponibilizados pela Direção Geral de Estatística da Educação e Ciência (DGEEC). A esta juntam-se mais duas escolas públicas no top 10 das escolas que mais contribuem para um percurso de sucesso dos alunos no ensino secundário.

Este é um ranking paralelo ao tradicional. Ao invés de ordenar as escolas unicamente pelas médias das notas nos exames nacionais, reflete os percursos de sucesso em cada escola, isto é, a percentagem de alunos que concluíram o ensino secundário sem retenções e conseguiram ter positiva nos dois exames das disciplinas trienais (português e matemática, português e história ou português e desenho, consoante os cursos). E depois compara os resultados de cada escola com a média nacional do país, tendo em conta os alunos com um percurso comparável até chegar ao 10.º ano, tendo por referência as notas obtidas nos exames de 9.º ano.

Como se lê na página do infoescolas, “tendo os dois grupos de alunos o mesmo nível de partida à entrada do Secundário, o objetivo é perceber se o trabalho desenvolvido ao longo do Secundário conduziu a resultados também iguais, ou se, pelo contrário, os alunos da escola tiveram desempenhos superiores ou inferiores aos dos seus colegas nacionais”. É, por isso, nas palavras do secretário de Estado do Ensino, um indicador mais “robusto”, que atenua o efeito do contexto nas notas.

Voltando à Secundária de Arga e Lima. Nesta escola, 43,4% dos alunos nos últimos três anos conseguiram concluir o secundário sem chumbar e tiveram positiva nos dois exames finais de 12.º ano. A percentagem de percursos de sucesso não é espetacular, mas a escola, quando comparada com outras com alunos semelhantes, pontua 17 pontos acima, o que lhe vale a terceira posição nesta triagem e a coloca entre as escolas que mais promovem o sucesso dos seus alunos.

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Em primeiro lugar neste ranking está o Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, que bisa assim no top, pois ocupa também o 1.º lugar no ranking das escolas segundo as notas dos exames. Se eliminássemos o critério escolhido para o ranking das notas (um mínimo de 80 provas) e olhássemos para todas as escolas nacionais, então este colégio passaria para segundo lugar, apenas com o Colégio das Terras de Santa Maria, em Aveiro, à frente.

O Colégio Nossa Senhora do Rosário não só é aquele que mais supera a média nacional calculada tendo em conta os alunos do país com um nível semelhante à chegada ao 10.º ano, como é o que apresenta maior percentagem de percursos de sucesso no triénio 2014/2016: 87,1% conseguem concluir o secundário de forma “limpa”, sem chumbos, e com positiva nos exames.

Quando, no final de novembro, explicou o novo indicador, o secretário de Estado da Educação, João Costa, já tinha antecipado que os resultados poderiam surpreender.

É muito interessante porque se desfaz a ideia de que há um setor, que é o setor privado, que tem excelentes resultados e um setor, que é o setor público, que está cá em baixo”, disse num encontro com jornalistas no Ministério da Educação.

“Quando simulamos a aplicação dos percursos diretos de sucesso, escolas que ano após ano aparecem no número 300, subitamente estão no topo da tabela. Porque fazem um trabalho de progressão muito maior, porque não selecionam alunos. Começamos a ter uma mancha muito mais rica e diversificada entre setor público e privado”, destacou o secretário de Estado.

Mas se é verdade que, neste ranking, já há escolas públicas no top 10, os últimos lugares ficam também reservados para as escolas públicas. E praticamente todas as escolas que estão na cauda deste ranking surgem também mal posicionadas no ranking geral que ordena as escolas pela média nos exames — a maioria anda perto da posição 500, ainda que três delas andem perto do 100.º lugar.

Estas escolas não só pontuam mal quando comparadas com as restantes, como apresentam dos percentagem de percursos de sucesso bastante baixas, variando entre os 16,4% e os 34,6%.

Só em 58 escolas, metade ou mais dos alunos são bem sucedidos

O indicador dos percursos diretos de sucesso, que no ano passado já tinha sido disponibilizado para o 6.º e o 9.º ano, permite ainda perceber que apenas 58 escolas secundárias, ou seja, 10% de um total de 543, consegue garantir que metade ou mais dos seus alunos tenham um percurso de sucesso: passem no 10.º, no 11.º e tenham positiva nos dois exames.

Daqui não se pode contudo concluir que apenas em 58 escolas metade ou mais dos alunos conclui o secundário sem chumbar. É que basta que um aluno tenha, por exemplo, negativa num dos dois exames para já não ser considerado neste indicador e isso não implica necessariamente que ele chumbe.

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