A Hyundai acaba de dar a conhecer os seus resultados financeiros globais relativos ao último trimestre de 2016, e um facto destaca-se de imediato: este foi o pior trimestre do construtor sul-coreano desde 2011. Segundo avança a agência Reuters, os lucros caíram 39% (para um pouco menos de 800 milhões de euros), os resultados das vendas baixaram 0,1% e o resultado operacional regrediu 33%.

Na base deste desempenho estará, em boa medida, a política de elevados descontos adoptada para as suas berlinas de médio porte, que têm vindo a perder terreno para a concorrência nos mercados doméstico e dos EUA – os dois mais importantes para o conglomerado sul-coreano. Isto por oposição ao que sucedia em 2011, o ano mais proveitoso da história do fabricante, em que mais do que uma em cada 20 novas berlinas vendidas no mercado norte-americano era um Hyundai, fosse da família Elantra ou Sonata.

A situação agravou-se com a crescente popularidade dos SUV, segmento que conseguiu florescer de forma invejável, não obstante os seus consumos mais elevados, num cenário de quebra dos preços do petróleo. Junte-se a isto a possibilidade de a nova administração norte-americana vir a impor elevadas tarifas alfandegárias aos automóveis importados para os EUA, e facilmente se identifica a incerteza que o futuro representa para a Hyundai.

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