A Casa da Sorte é a maior empresa portuguesa de comercialização de lotarias e apostas mútuas e, segundo o Jornal de Notícias (JN), encontra-se visada em dois processos judiciais, com vista à penhora de bens, devido a dívidas de valor superior a 51 milhões de euros ao Montepio Geral.
O Jornal de Notícias avança [paywall] que o crédito à empresa já terá sido cortado pelo departamento de jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e os funcionários começam a temer o que poderá acontecer. Atualmente, a empresa possui 22 lojas no país e, refere o mesmo jornal, os clientes têm tido dificuldades em encontrar jogos como a “raspadinha” à venda em alguns estabelecimentos do grupo. O fornecimento destes jogos parece estar a ser afetado, mas a situação estará a ser contornada com recurso à intermediação de uma outra empresa.
O presidente do conselho de administração da Casa da Sorte, Alfredo da Cunha Calvão, está também envolvido nos dois processos intentados pelo Montepio Geral em outubro de 2016 nas secções de execução da Comarca de Lisboa. O JN avança que as duas ações executivas têm valores individuais de 25,900 milhões de euros e 25,866 milhões, totalizando um valor de 51,766 milhões. Caso as dívidas não sejam pagas, a Casa da Sorte terá o património penhorado podendo seguir para venda executiva.