Em menos de dez anos, o Partido Trabalhista britânico perdeu quase todos os seus representantes escoceses no Parlamento de Westminster. Quem ocupou todo esse espaço foram os nacionalistas de Alex Salmond e Nicola Sturgeon que estão muito longe de terem desistido de organizar um segundo referendo à independência da Escócia. Esta semana, surgiu mais uma ameaça de relançamento do processo: Sturgeon anunciou que vai lançar o processo para realizar um novo referendo sobre a independência em finais de 2018 ou princípios de 2019, porque a Escócia não concorda com a saída da União Europeia (UE).

JK Rowling já tinha sido uma voz extremamente crítica das intenções dos nacionalistas em 2014, quando a Escócia votou, pela primeira vez, pela independência, e deveria mesmo ser ela, diz uma sondagem do diário Daily Telegraph, a liderar a campanha contra a eventual cisão do país do Reino Unido. A autora da saga Harry Potter, que além de ser multimilionária, e adorada por milhões por miúdos que começaram a ler compulsivamente depois de ter devorado os seus livros, é uma forte oponente de Trump, do Brexit, e de toda agente que os defenda, como aliás as suas dilacerantes tiradas no Twitter mostram. “Quando um homem tão ignorante e tão fácil de manipular chega perto o suficiente dos códigos nucleares para os poder cheirar, o problema é todos nós”, disse a autora sobre Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos.

Rowling é também militante trabalhista e, como tal, teoricamente, poderia concorrer à sua liderança. Segundo a sondagens do Telegrah, duas vez mais pessoas disseram que preferiam ver a autora à frente da campanha pela permanência do que Jeremy Corbyn, que é líder dos trabalhistas há 18 meses e, por isso, líder da oposição ao governo de Theresa May.

A empresa de sondagens ORB fazia a pergunta: “Quem é que deveria liderar a campanha a favor da permanência da Escócia no Reino Unido” e apresentava sete nomes. Um terço das pessoas escolheram a primeira-ministra Theresa May, mas logo a seguir aparece o nome de JK Rowling, que vive em Edimburgo. Rowling ficou à frente de qualquer nome trabalhista.

A autora doou um milhão de libras à campanha contra a independência e o único deputado trabalhista que o partido ainda tem na Escócia Ian Murray, indicou esta semana que via com bons olhos que Rowling pudesse vir a liderar a campanha, quando e se o segundo referendo for marcado.

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