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Cuidado, está quente: Gazpaxo

Este artigo tem mais de 5 anos

Com a comida mexicana em voga, Sérgio Garcês transformou um antigo restaurante árabe num "comedor". Um pequeno espaço, com influência da gastronomia ibérica, que acaba de abrir no Saldanha.

7 fotos

O que interessa saber

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Nome: Gazpaxo
Abriu em: maio de 2017
Onde fica: Avenida Praia da Vitória, 47 (Saldanha), Lisboa
O que é: um comedor ibero-americano com cozinha mediterrânica, espanhola e portuguesa
O que existia ali antes: um restaurante árabe chamado Kebab
Quem manda: Sérgio e Maria Garcês
Quanto custa: 15€ por pessoa
Uma dica: o espaço é pequeno e aceita reservas mas caso esteja concorrido têm serviço de take away
Contacto: 91 181 3556
Horário: todos os dias das 12h às 19h (soft opening)
Links importantes: Facebook; Instagram

A história

Depois dos gelados da Paletaria, no Bairro Alto, Sérgio Garcês lançou-se num novo projeto com a mulher Maria e não é um restaurante. É mais um comedor ibero-americano com comida de influência espanhola, mexicana e peruana. “Já tinha esta ideia na cabeça há dois anos mas não encontrava um espaço”, diz o formado em engenharia biotecnológica, com curso de cozinha da escola Le Cordon Bleu Paris e experiência em restaurantes com estrela Michelin. O nome Gazpaxo honra o prato principal da casa, mas já lá vamos.

O espaço

Com 18 metros quadrados, o Gazpacho localiza-se no Saldanha e tem capacidade apenas para 10 pessoas. O pequeno espaço, ao estilo bistrô de Buenos Aires, representa o ambiente informal da gastronomia ibérica e sul-americana. A zona de preparação das refeições é separada por um pequeno balcão onde encontra os chás e sumos do dia mas a estrela da decoração é a porca Rosita, suspensa no ar por balões coloridos, que chama muito a atenção de quem passa na rua e pede timidamente uma fotografia. No espaço há ainda uma mezzanine com seis metros quadrados onde Sérgio Garcês guarda religiosamente a sua biblioteca composta por livros de receitas e culinária.

As paredes, pintadas de azul, complementam as mesas de mármore e o chão em azulejo. © Henrique Casinhas/Observador

A comida

“A carta é variável, por ser baseada no produto da estação, pelo que nem todos os produtos podem estar disponíveis”, alerta Sérgio Garcês enquanto prepara os tacos de cerdo (8€) com pernil, tortilha de milho e cebola roxa. Os grandes protagonistas são o tártaro de beterraba com cebola roxa, nozes e alface (12€) e o gaspacho com abacate, lima, coentros e alho (8€). O primeiro de inspiração portuguesa e, o segundo, espanhola. “O Gazpaxo homenageia não só a tradição e cultura da nossa península mas também a abundância de sabores da cozinha urbana sul-americana”, explica Sérgio Garcês.

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O tártaro de beterraba é adequado para vegetarianos e vegans. Leva cebola roxa, pickles, maionese, nozes e alface. © Henrique Casinhas/Observador

Para sobremesa, a influência do Brasil chega embrulhada na tarte gelada de maracujá com doce de leite (3,5€0) que faz lembrar o recheio dos famosos gelados naturais de pauzinho. De nuestros hermanos chega a tempura de chocolate negro com amêndoa (4€) mas a tarte de maçã (3€), apelidada de Rosita em homenagem à porca, rouba todo o protagonismo.

A bebida

“Para beber temos várias opções, desde sumos saudáveis até bebidas alcoólicas”, explica Maria Garcês. Em cima das mesas de mármore há água com pepino mas aconselhamos o chá gelado da casa (2€) e a margarita de morango (5€). Para os mais exigentes, há cerveja Coronita, espumante Rosé Basta e vinho Bastardo ao copo e à garrafa.

“Cuidado, está quente” é uma rubrica do Observador onde se dão a conhecer novos restaurantes.

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