O ex-primeiro-ministro francês Manuel Valls anunciou esta terça-feira que abandona o Partido Socialista, após 37 anos de militância, sublinhando que se enquadra na maioria parlamentar do novo presidente Emmanuel Macron.
Numa entrevista à estação de rádio RTL, Valls disse que se “passou uma página”, referindo-se às presidenciais francesas e às eleições legislativas que lhe garantiram a reeleição como deputado.
Por coerência quero estar no centro desta maioria (liderada por Macron). Acaba-se uma parte da minha vida política”, afirmou.
Manuel Valls apresentou a demissão do cargo de primeiro-ministro no final de 2016, participou no passado mês de janeiro nas primárias do Partido Socialista, para a escolha do candidato às presidenciais, mas foi derrotado por Benoit Hamon ligado à ala esquerda dos socialistas francesas. Hamon foi eliminado na primeira volta das eleições gerais, no dia 23 de abril, não tendo o Partido Socialista ultrapassado os 6,2 por cento dos votos, um resultado historicamente baixo. Duas semanas após a primeira volta das legislativas, Valls afirmou que o atual Partido Socialista estava “morto”.
Manuel Valls apresentou-se como candidato do novo partido de Macron, República em Marcha, pela circunscrição de Evry, arredores de Paris, tendo sido eleito deputado.