O Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) veio reafirmar, esta quarta-feira, que “nada de errado existe na opção presente nos critérios de classificação do item 14” da prova final de matemática do 9.º ano, depois de a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) ter vindo dizer que “não é aceitável que uma resposta 100% errada tenha cotação parcial”.
Em causa está a proposta de correção do item 14, que pede ao aluno para fatorizar o polinómio x2 – 4. O critério de correção dado pelo IAVE diz que a resposta correta é (x – 2)(x + 2). Mas, de acordo com a explicação de Jorge Buescu, presidente da SPM, ao Observador, “o erro do IAVE é dar cotação parcial de 75% (3 pontos em 4) à resposta integralmente errada x – 2 × x + 2″.
Sendo a resolução de um único passo, sem cálculos intermédios, não é aceitável que uma resposta 100% errada tenha cotação parcial. Está simplesmente errada.”
https://observador.pt/2017/06/27/sociedade-portuguesa-de-matematica-exame-do-9-o-ano-tem-um-erro/
O IAVE vem explicar, em comunicado enviado às redações, que “o objetivo do item 14 era verificar se os alunos identificam um dos casos notáveis da multiplicação de polinómios” e que “a resposta referida pela SPM como «integralmente errada» evidencia essa identificação, embora esteja escrita de modo formalmente incorreto, por omissão dos parêntesis”.
Como tal, e de acordo com os critérios gerais relativos a respostas restritas, onde se indica que a apresentação de expressões incorretas do ponto de vista formal está sujeita à desvalorização de um ponto, foi esta a desvalorização aplicada”, justifica o organismo responsável pela elaboração das provas e exames nacionais.
“No parecer retificado da SPM esta sociedade não atendeu à valorização dos desempenhos não totalmente corretos dos alunos, que se aproximam do objetivo de avaliação do item e, por isso, beneficiam de uma pontuação parcial. Também descurou uma leitura atenta dos critérios gerais de classificação, indispensável para compreender os princípios subjacentes à valorização dos desempenhos dos alunos não totalmente corretos”, remata o IAVE.