“Uma questão relacionada com o staff“. Foi assim que o senador Ted Cruz explicou aos jornalistas o que aconteceu com a sua conta na rede social Twitter na madrugada de segunda para terça-feira. Em causa está um like feito pela conta do antigo candidato presidencial num conteúdo pornográfico. “Foi acidental, foi um erro, não foi uma ação deliberada”, declarou Cruz, deixando claro que não houve “conduta maliciosa” no ato.
O senador não esclareceu quem foi o membro da sua equipa responsável, nem explicou se a pessoa em causa continuará ou não a ter acesso à sua conta na rede social. Antes disso, já a sua porta-voz Catherine Frazier se tinha antecipado, escrevendo na sua própria conta que “o tweet ofensivo” postado na conta de Cruz “foi removido pelo staff e denunciado ao Twitter”, mas de pouco lhe valeu. Durante a hora em que o like esteve público, muitos internautas se aperceberam do ocorrido e fizeram várias piadas, entre eles o humorista Jimmy Kimmel.
Well done @TedCruz using the power of "like" to illustrate the evils of porn #Weiner pic.twitter.com/SQDPh1cRTp
— Jimmy Kimmel (@jimmykimmel) September 12, 2017
Cruz também aproveitou o momento para fazer algum humor, rematando a sua comunicação sobre o tema nesta terça-feira com uma piada: “Devo dizer que se soubesse que isto ia tornar-se tão falado tão rapidamente, talvez devêssemos ter publicado uma coisa deste género durante as primárias do Indiana”. O senador referia-se às primárias do Partido Republicano aquando da corrida presidencial, que viria a perder para Donald Trump. O mau resultado atingido por Cruz no Indiana (que perdeu com 37% dos votos face aos 53% reunidos por Trump) fez com que desistisse da corrida nessa altura.
Ted Cruz é conhecido por ser um membro da ala mais conservadora do Partido Republicano, o Tea Party, e pelo seu fervor religioso, sendo um conhecido membro da Igreja Baptista do Sul. Em 2007, quando ocupava o cargo de procurador-geral do Texas, Cruz propôs inclusivamente a proibição de venda de brinquedos sexuais, como relembra a revista “Rolling Stone”. Confrontado com essa decisão durante a campanha presidencial de 2016, o senador reconheceu que aplicá-la a nível nacional seria “ridículo”. Durante a campanha, Cruz também falou abertamente sobre a sua religião, dizendo que “qualquer Presidente que não comece o seu dia de joelhos [a rezar] não está apto para ser comandante-em-chefe deste país”.