Donald Trump aplicou mais sanções à Coreia do Norte. O presidente norte-americano apresentou-as esta quinta-feira e, segundo a Reuters, as sanções “não têm como alvo o petróleo”. Pelo contrário, visam pedir às empresas e outras instituições financeiras que terminem quaisquer negócios com o país.

“Vamos aplicar mais sanções à Coreia do Norte”, afirmou Trump, esta quinta-feira, durante uma reunião com o presidente afegão, Ashraf Ghani, em Nova Iorque.

As novas sanções vão cortar as receitas que financiam a Coreia do Norte para criar e desenvolver as armas mais mortíferas conhecidas pelo homem”, declarou Donald Trump.

O presidente norte-americano revelou que o Banco Nacional chinês ordenou a outras instituições financeiras terminarem todas as ligações económicas com o regime norte-coreano.

A tensão entre os EUA e a Coreia do Norte intensificaram-se nas últimas semanas, depois dos últimos lançamentos de misseís balísticos por parte de Pyongyang. Os líderes internacionais têm apelado, em várias reuniões, a um acordo pacífico e através do diálogo, recusando a via de intervenção militar.

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Ainda esta quinta-feira é esperada uma conferência de imprensa pelo secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, e também da embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley.

Trump já tinha prometido na terça-feira, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, que iria “destruir totalmente” a Coreia do Norte se se sentisse ameaçado. O ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano reagiu a essas declarações, também na mesma sessão da ONU, onde disse: “Há um ditado que diz que quando os cães ladram, a caravana passa. Se Trump pensa que nos surpreende com o som de um cão a ladrar, então está a sonhar”, disse Ri Yong-ho.

“Um cão a ladrar”. Como a Coreia do Norte ouviu o discurso de Trump

Coreia do Sul pede mais pressão sobre a Coreia do Norte

O presidente da Coreia do Sul instou esta quinta-feira a comunidade internacional a aumentar a pressão sobre Pyongyang. Moon Jae-In sublinhou também, na Assembleia-Geral da ONU, a necessidade de agir com cautela para evitar um conflito armado.

O presidente sul-coreano mostrou ainda total apoio a um agravamento de sanções a aplicar ao regime norte-coreano, até que o país “renuncie ao seu programa nuclear” e pede uma resolução pacífica “de diálogo”. Por outro lado, defendeu que essa questão deve ser gerida “de modo estável”, mas insiste no abandono imediato daquilo que considera “escolhas imprudentes” que “podem levar ao seu isolamento e queda”.