Mais de 100 enfermeiros e professores aguardaram o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, à saída de um comício na Maia, tendo o responsável político falado com alguns manifestantes.

Costa chegou à Maia esta noite, interveio num comício do PS de apoio ao candidato local às autárquicas, e abandonou depois o pavilhão desportivo onde decorreu a sessão ao som de gritos de “justiça” da parte de manifestantes do setor da educação e da enfermagem.

O chefe do Governo ainda recebeu uma carta aberta dos professores e aceitou falar com alguns responsáveis sindicais: “O Ministério da Educação tem estado a falar convosco”, disse num momento, testemunhado pela agência Lusa, mas posteriormente um coro de protestos fez-se ouvir e sobrepôs-se ao diálogo entre Costa e uma manifestante, apesar do cordão policial montado no local.

Calmamente, Costa pediu aos seguranças para se afastarem para poder falar com os manifestantes. Uma manifestante pedia, a centímetros de Costa: “Pense em nós, na nossa solução, nas nossas reivindicações” até que um grito exaltado a interrompe: “Até o provedor de justiça nos deu razão!”.

“Nós não errámos. O erro não foi nosso” dizia outra manifestante da ala dos professores enquanto Costa dava ouvidos a uma manifestante que lhe relembrava uma promessa: “O senhor primeiro-ministro prometeu-nos, há 3 anos atrás, uma solução política que ainda não apareceu”.

Em resposta, Costa garantiu que o diálogo está a acontecer: “O Ministério da Educação tem estado a falar convosco”. A exaltação foi quase espontânea face a esta afirmação e Costa não ficou muito mais tempo a ouvir: “Não tem! Não tem! O Ministério da Educação não ouve! Os sindicatos não foram ouvidos!”.

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