Menos de 24 horas depois da tragédia, Jimmy Kimmel mostrou que não ficou indiferente ao massacre de Las Vegas que vitimou 59 pessoas e deixou mais de 500 feridos. No programa de segunda-feira, Jimmy emocionou-se a falar da tragédia e criticou as leis de posse de armas nos Estados Unidos. As críticas foram ainda dirigidas ao presidente norte-americano e até a alguns senadores. Pode ver as imagens aqui.
Jimmy começou por lamentar a situação que ocorreu, precisamente, na sua terra natal. “Não há como saber porque é que os seres humanos fazem isto uns ao outros. Num concerto, a ouvir música, a divertirem-se. Esta manhã temos crianças sem pais, pais sem filhos, mães sem filhas. Perdemos dois polícias, uma enfermeira, uma professora. É demais para processar. Todas estas famílias devastadas que terão que viver com esta dor para sempre”.
O apresentador também se mostrou revoltado com a questão de posse de armas no país: “[O atirador] Conseguiu juntar um conjunto de armas poderosas para disparar sobre pessoas. O vendedor das armas disse que passou as verificações de antecedentes para comprar as armas, que ele não estava em nenhuma lista. Este homem tinha dez armas automáticas no quarto, aparentemente legais”, referiu o apresentador.
Quando alguém com uma barba nos ataca, escutamos telefones, proibimos vistos para viajar, construimos muros… mas quando um americano compra uma pistola e assassina outros americanos não há nada que possamos fazer a esse respeito. Eu discordo. Há muitas coisas que podemos fazer. Mas não o fazemos“, refere.
Jimmy acabou questionar por que razão esta situação é permitida e por que razão não se faz nada para o impedir: “Porque é que isto é permitido? Porque é que os alegados líderes deixam isto acontecer? Porque deixamos que eles permitam que isto aconteça?“, criticou, dirigindo-se a Donald Trump e a vários senadores norte-americanos.
O presidente Trump vai visitar Las Vegas na quarta-feira. Disse que ia rezar pelas vítimas. Mas em fevereiro assinou um documento que facilitava que pessoas com severas doenças mentais comprassem armas legalmente. Eles deviam rezar para que Deus os perdoe por deixarem o mercado de armas reinar neste país”.
O apresentador denunciou ainda o sistema e referiu que a lei tem falhas que permitem que as pessoas “evitem verificações de antecedentes se comprarem um arma online ou numa exposição de armas”. E acabou por mostrar uma lista de 56 senadores que, alguns dias depois do tiroteio em Orlando, votaram contra a proposta que acabaria com essas falhas na lei.
“90% dos democratas e 77% dos republicanos apoiam verificações de antecedentes em exposições de armas. 89% dos republicanos e democratas são a favor de proibir a venda de armas e pessoas com doenças mentais. Mas não este grupo”, acusou.
Por isso, com todo o respeito, os vossos pensamentos e as vossas orações são insuficientes”, terminou o apresentador.