Autodenominam-se os “300 de Pineda”. A semana passada, vários grupos de forças policiais foram acossados e, nalguns casos, expulsos dos hotéis catalães em que estavam alojados devido à contestação popular, após o referendo independentista. Em Pineda del Mar recusaram-se a sair até que terminasse o contrato com o hotel. Agora em Huesca, na região de La Franja, os polícias que resistiram à pressão das comunidades identificam-se com os espartanos que derrotaram os persas no filme 300. Agora, dizem, a comunidade trata-os como “heróis”.

A região de La Franja, em Aragão, faz fronteira com a Catalunha e tem como linguagem predominante o catalão. Contudo, o cenário é bem diferente daquele a que estiveram submetidos enquanto estavam alojados em hotéis catalães.

Huesca, La Franja

Ao El País, alguns dos “300 de Pineda”, que dizem ter resistido “até que se acabou o contrato, no dia 5”, contam que estão num “luxo”. A mudança “é da noite para o dia”, dizem. “Aqui podemos estar onde queremos, sair de uniforme sem problema”, diz um dos polícias, confessando que, na Catalunha, um “mosso [polícia catalão] sugeriu que andassem “à paisana”.

Em Barbastro, Binéfar e Monzón, povoações que receberam cerca de 350 polícias, a população recebeu a Guardia Civil de braços abertos. Os hotéis em que as forças estão alojadas tornaram-se locais de atração para as pessoas das povoações, que têm ganho um novo dinamismo.

Espera-se que as forças policiais que foram destacadas na Catalunha com o objetivo de impedir o referendo independentista catalão permaneçam na região pelo menos até dia 11 de Outubro.

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