O abastecimento elétrico às populações afetadas pelos incêndios deverá ficar assegurado na totalidade até à próxima sexta-feira, estimou esta terça-feira a EDP Distribuição.

A chuva e trovoada da última noite “condicionaram os trabalhos de recuperação da rede de Média Tensão na região Centro atingida pelos incêndios no último fim de semana”, mas a EDP Distribuição “estima que o abastecimento elétrico fique assegurado na totalidade até à próxima sexta-feira”, divulgou a empresa esta terça-feira.

Num ponto de situação enviado à agência Lusa, a empresa revelou que durante o dia de hoje “foi já possível realizar o sobrevoo do helicóptero, o que facilitou o estabelecimento de prioridades, alocação e coordenação de recursos no terreno”.

Na segunda-feira a empresa contabilizava 600 técnicos no terreno, número agora reforçado com “mais 200 operacionais mobilizados de outras regiões do país”, totalizando 800 pessoas empenhadas na reparação dos equipamentos afetados.

A previsão da empresa é de que a rede de Média Tensão “esteja completamente recuperada na próxima madrugada”, sendo que “nas situações mais crítica” estão instaladas duas Centrais Móveis e 23 Geradores de Emergência.

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“Os trabalhos de recuperação da rede de Baixa Tensão e Postos de Transformação estão também já em curso, esperando-se uma melhoria significativa nas próximas horas”, referiu ainda a empresa, especificando que ao final do dia de hoje as zonas mais criticas se localizavam nos concelhos de Pampilhosa da Serra, Tábua, Arganil e Oliveira do Hospital.

A rede de distribuição elétrica foi afetada pelas centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocando pelo menos 41 mortos e 71 feridos, 55 dos quais ligeiros e 16 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas. Uma pessoa está ainda desaparecida.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre esta terça e quinta-feira. Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.