O Santuário de Fátima, que este ano comemorou o centenário das aparições, registou um aumento considerável de peregrinos provenientes da Ásia, consolidando assim a sua internacionalização, disse à agência Lusa o padre Carlos Cabecinhas.
O reitor do Santuário, que falava no final da sua intervenção no Congresso Internacional de Turismo Religioso e Peregrinação, que decorre esta quarta-feira e quinta-feira em Fátima, referiu que 2017 é um ano de “crescimento incrível de peregrinos em Fátima”.
Nós já tínhamos um grupo muito significativo de peregrinos europeus e da América Latina, mas este ano a grande novidade foi a Ásia, com crescimento exponencial dos peregrinos vindos da Coreia do Sul, da Índia, da Indonésia, das Filipinas e também da China continental”, salientou.
Segundo o padre Carlos Cabecinhas, habitualmente a China não tinha grupos de peregrinos, “mas este ano foram muitos os grupos”.
O que para nós é sinal desta internacionalização de Fátima, que o centenário veio consagrar. Houve muitas ocasiões, sobretudo entre maio e outubro, em que o número de peregrinos estrangeiros não apenas duplicou como chegou a triplicar, o que para nós é particularmente significativo”, frisou o reitor do Santuário, que ainda não dispõe de números relativamente ao número de peregrinos deste ano.
No entanto, o reitor do Santuário reconhece que, nos próximos anos, não vai ser possível manter os números de 2017, “que foi um ano atípico por ser ano de centenário [das aparições], que não é replicável nos próximos anos”.
“Mas temos também a clara perceção de que este aumento significativo do número de peregrinos em Fátima manifesta o quanto Fátima é hoje um destino significativo um pouco por todo o mundo”, salientou.
Nos anos anteriores, o Santuário de Fátima acolheu entre 5,5 a 6,5 milhões de peregrinos em celebrações, sem contar com o número de visitantes que acabam por não participar nas celebrações.
O congresso Internacional de Turismo Religioso e Peregrinação levou a Fátima representantes dos países membros da Organização Mundial de Turismo (OMT) com o objetivo de refletir sobre o potencial e o papel do turismo religioso e dos lugares sagrados como uma ferramenta para o desenvolvimento do turismo sustentável.