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Médico que salvou militar em fuga da Coreia do Norte é uma estrela no país

Este artigo tem mais de 5 anos

A história do soldado que fugiu da Coreia do Norte foi notícia no mundo inteiro. Mas quem é o médico superstar que salvou o militar, é cego de um olho e faz turnos de 36 horas?

Esta não é a primeira vez que o médico é responsável por um caso mediático
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Esta não é a primeira vez que o médico é responsável por um caso mediático

Esta não é a primeira vez que o médico é responsável por um caso mediático

O vídeo de um soldado norte-coreano a fugir da Coreia do Norte através da fronteira com a vizinha do sul marcou a atualidade internacional desta quarta-feira e impressionou os mais sensíveis. As imagens mostravam a fuga do militar a pé, o fogo cerrado dos outros soldados norte-coreanos e elementos do exército sul-coreano a rastejar para salvar o desertor.

Esta quinta-feira, o Washington Post apresenta o médico sul-coreano que salvou o fugitivo e que é uma autêntica estrela no país. Apresentado como “Doutor McDreamy” – numa alusão à personagem Derek Shepherd, da série “Anatomia de Grey” – Lee Cook-jong tem sido o protagonista dos vários updates sobre o paciente. No último, garantiu que “o paciente não vai morrer”, e revelou que o norte-coreano tinha recuperado a consciência, estava estável e deve sair dos cuidados intensivos ainda durante este fim de semana.

Lee Cook-jong, de 48 anos, tornou-se médico na Coreia do Sul mas estudou para ser cirurgião de trauma na Universidade da Califórnia. Anos depois, foi estagiar para o centro de trauma do Royal London Hospital. Quando voltou ao seu país, percebeu que não existiam verdadeiros centros de trauma em nenhum hospital e que 30 mil pacientes morriam todos os anos porque não eram tratados da maneira adequada. Dedicou-se a esta causa e foi o principal promotor da lei agora existente no país, que reverte 20% do valor das multas rodoviárias para os centros de trauma. É cego de um olho e conhecido por fazer turnos de 36 horas, para além de que inspirou a personagem principal de uma série de televisão passada num hospital, “Romantic Doctor, Teacher Kim”.

Apesar de existir um elevado interesse das autoridades no desertor – que tem sido identificado apenas pelo apelido, Oh – o cirurgião tem proibido qualquer pessoa de entrar no quarto, já que o soldado sofre de depressão e stress pós-traumático. Lee Cook-jong fala sobre a Coreia do Sul ao invés de perguntar sobre a Coreia do Norte. Os enfermeiros põem música a tocar e o médico diz que a preferida do militar é “Gee”, da girlsband Girls’ Generation. O norte-coreano também tem ocupado o tempo a ver episódios da série “CSI” e repete várias vezes o filme “The Transporter”, sobre um agente das forças especiais que sai da organização. Além disso, Lee pediu que se pendurasse uma bandeira da Coreia do Sul no quarto do hospital, para que o jovem a veja sempre que acorde e não tenha ataques de pânico.

O soldado norte-coreano de 24 anos foi baleado cinco vezes durante a fuga, a 13 de novembro. Já em segurança, foi transportado para o Hospital Universitário de Ajou num helicóptero do exército norte-americano. “Se não fossem as medidas de emergência, ele teria morrido antes ainda de chegar ao hospital”, garantiu o médico Lee Cook-jong. Desde então, foi operado três vezes, incluindo uma tentativa para reparar os danos dos órgãos internos e a contaminação provocada pelos parasitas que tinha a viver nos intestinos: o cirurgião partilhou um vídeo em que é possível ver larvas de 25 centímetros a mover-se dentro do corpo de Oh. Além disso, o soldado tem tuberculose e hepatite B e está subnutrido.

Lee Cook-jong – que neste momento é uma superstar na Coreia do Sul – não é inexperiente em casos mediáticos. Tornou-se um herói nacional quando em 2011 salvou a vida de um marinheiro que tinha sido baleado por piratas somali. A história até inspirou outra série sobre médicos, “Golden Hour”, cujo nome é inspirado na crença do médico de que a hora imediatamente a seguir aos ferimentos é crucial para a sobrevivência do paciente.

https://observador.pt/videos/atualidade/a-fuga-epica-de-um-soldado-da-coreia-do-norte/

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