O ministro da Economia afirmou esta quarta-feira que os mais recentes números do INE sobre o desemprego mostram que a economia portuguesa “vive um bom momento”, mas sublinhou que “há que continuar a trabalhar”, nomeadamente para baixar o desemprego jovem.
“É um bom momento que a economia portuguesa vive, está a ter consequências sociais interessantes, mas o desemprego ainda está nos 8,5 [%] e há que continuar a trabalhar para reduzir este nível desemprego, olhando para áreas como o desemprego jovem, que continua ainda muito elevado”, referiu Manuel Caldeira Cabral, em Braga.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu esta quarta-feira em baixa de 0,1 pontos percentuais a taxa de desemprego de setembro para os 8,5%, o valor mais baixo desde abril de 2008, estimando para outubro uma manutenção deste valor.
Um ano antes, em outubro de 2016, a taxa de desemprego situava-se nos 10,6%.
O valor apurado para setembro representa uma descida em 0,3 pontos percentuais face ao mês anterior e menos 0,6 pontos percentuais em relação a três meses antes, sinaliza o INE.
A estimativa provisória da população desempregada foi de 436,9 mil pessoas, enquanto a estimativa provisória da população empregada foi de 4,711 milhões de pessoas.
Segundo o INE, em setembro, a taxa de desemprego dos jovens (provisória) situou-se em 25,6%, contra os 24,6% observados no mês precedente.
Na reação a estes números, o ministro da Economia sublinhou que a descida do desemprego “é paralela ao crescimento do emprego, com um aumento de 240 mil postos de trabalho, o segundo mais forte crescimento do emprego nos países da União Europeia”.
“Mostram que o dinamismo quer do investimento, quer das exportações, quer obviamente do crescimento do PIB [Produto Interno Bruto], que está a 2,8 [%] desde o princípio do ano, está a ter o seu resultado em mais emprego e menos desemprego, o que é obviamente positivo para as pessoas”, afirmou.
Vincou ainda que os números do desemprego “têm vindo sempre a diminuir” praticamente desde a entrada em funções deste Governo, tendo passado de mais de 12% para os atuais 8,5%.
“O crescimento da economia portuguesa está a ter resultados muito interessantes em termos sociais, criando emprego, trazendo as pessoas para o mercado do trabalho”, enfatizou o ministro.
Caldeira Cabral falava em Braga, à margem de uma visita à fábrica Torneiras Roriz, que lançou no mercado uma “torneira inteligente”, que poupa água e energia.
O dono da fábrica, José Maria Roriz, explicou que a torneira regula o fluxo de água, começando por um fluxo menor, e abre sempre com água fria.
“Quem compra a torneira, sabe ‘a priori’ que vai gastar metade da água e da energia que estava a gastar”, referiu.
Este ano, a empresa terá um volume de negócios de 11 milhões de euros, o que representa um crescimento de 23% em relação ao ano anterior.
Cerca de 70% da sua produção é para exportação.
Tem 70 trabalhadores, sete dos quais admitidos este ano.
Em 2018, a empresa vai construir novas instalações, um investimento de um milhão de euros que permitirá criar mais uma dezena de postos de trabalho.