“El Chicle”, o homem que confessou ter assassinado Diana Quer em agosto de 2016, encontra-se isolado e incomunicável na prisão em que está detido desde 1 de janeiro, o estabelecimento prisional de Texeiro, na Corunha. O suspeito não pode comunicar com ninguém do exterior sem ser com o seu advogado e existe a possibilidade de ser submetido a um protocolo anti-suicídio.
A decisão do juiz de instrução de que José Enrique Abuín Gey deve estar incomunicável prende-se com a possibilidade de qualquer comunicação com o exterior poder resultar numa destruição de provas necessárias à resolução do caso, que estava arquivado desde abril de 2017 e agora foi reaberto. “El Chicle” não pode nem falar com a família ao telefone. Contudo, segundo o El Mundo, o estado do suspeito pode mudar ainda esta quinta-feira — José Enrique vai prestar declarações perante o juíz, que talvez levante a decisão de deixar o homem de 36 anos incomunicável, que assim terá os direitos normais de quem está em prisão preventiva.
Algo que ainda está por avaliar é o estado psicológico de “El Chicle”, o qual determinará se o suspeito será submetido a um protocolo anti-suícidio, algo bastante comum em casos com esta gravidade. Se assim for, José Enrique partilhará uma cela com outro recluso, que fica encarregue de comunicar com os funcionários da prisão acerca do estado do confesso autor do homícidio de Diana Quer. Caso “El Chicle” tenha algum tipo de comportamento que o seu companheiro de cela considere anormal o alerta é dado.
Antes de confessar ter estrangulado Diana Quer até à morte depois de uma tentativa de violação, “El Chicle” já era tido como suspeito no caso de homicídio da madrilena de 18 anos antes, tendo sido interrogado pelas autoridades. Contudo, apenas confessou o crime depois de ter sido detido por tentativa de assalto e rapto de outra rapariga, em conjunto com a mulher.
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José Enrique Abuín Gey já tinha estado preso em Texeiro noutra ocasião por questões relacionadas com tráfico de drogas. Então, escreve o El Mundo, “El Chicle” foi classificado como um recluso que não gera conflito e cujo comportamento é recordado como sendo muito bom.