Franceses, brasileiros mas, também, britânicos e chineses. Os estrangeiros estão a participar cada vez mais no mercado imobiliário português e, segundo o presidente da associação que representa os promotores imobiliários, uma em cada quatro casas transacionadas em 2017 foram compradas por estrangeiros.

“Os estrangeiros já valem 25% do mercado, ou seja, um quarto das casas foram compradas por estrangeiros”, admite Luís Lima, presidente da APEMIP, em declarações ao Diário de Notícias.

Terá havido mais de 152 mil negócios de compra e venda de casas em 2017, considerando apenas aqueles que tiveram mediação imobiliária. O aumento de 2016 para 2017 estará na ordem dos 23.500 negócios, acredita a associação, excluindo os negócios sem mediação imobiliária, entre particulares, que rondarão os 30% dos negócios totais.

E a tendência é para continuar: “é um aumento dentro do que prevíamos e que permite antecipar que, neste ano, o imobiliário irá crescer novamente”, prevê Luís Lima, notando que apesar da subida dos preços Lisboa ainda é barata, para os estrangeiros com maior poder de compra, na comparação com os preços noutras capitais europeias.

O outro lado da moeda é que se torna cada vez mais difícil comprar casa, para a classe média. “Os ativos imobiliários valorizaram o país. O imobiliário está a ser a árvore das patacas, mas tem de haver investimento no combate à escassez da oferta para a classe média portuguesa”, recomenda Luís Lima.

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