Uma centena e meia de trabalhadores de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) manifestaram-se esta sexta-feira frente ao Ministério do Trabalho, em Lisboa, onde entregaram uma resolução a exigir a redução da carga horária e melhores condições laborais.

“Vamos pedir uma reunião ao ministro (Vieira da Silva) e enviar (a resolução) também para os grupos parlamentares”, disse à agência Lusa a dirigente sindical Ana Avoila, após a entrega do documento.

Ana Avoila, que acompanhou o protesto que se seguiu a uma reunião em que participaram 197 trabalhadores, garantiu: “Vamos para a luta com os trabalhadores, não vamos deixar isto cair”.

A sindicalista relatou que existem casos de “assédio moral” e de situações a que estes trabalhadores são sujeitos, desvalorizados pelas direções das instituições em que trabalham.

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“Um colega acabou de mostrar no encontro que foi mordido por um doente e ninguém ligou, nem ao médico o mandaram”, disse indignada a dirigente sindical, falando em situações “inacreditáveis” que ocorrem nestes espaços.

À porta do ministério, os trabalhadores exigiram fiscalização, cumprimento de 35 horas de serviço e da convenção coletiva.

Na faixa que ostentavam, os trabalhadores — maioritariamente mulheres — exigiam também “salários dignos”.

Alguns cartazes exibiam frases como “É urgente e necessário o aumento do salário” ou “Trabalho sim. Exploração Não”.

Para a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, que organizou a iniciativa, estes trabalhadores desempenham funções que deviam estar no âmbito do Estado.

No documento que aprovaram exigem um aumento real dos salários em 4%, 35 horas de trabalho por semana, formação profissional, progressão e promoção nas carreiras e respeito pelo trabalho que prestam.