Cristiano Ronaldo ofereceu um cheque em branco ao fisco espanhol para fechar o caso em que é acusado de uma fraude de 14,7 milhões de euros e quatro crimes fiscais. O jogador português pretendia evitar a via penal do processo – principalmente depois de funcionários da Agência Tributária espanhola garantirem que, se o acusado não fosse Ronaldo, “já estaria preso”.

A ideia de Cristiano Ronaldo e dos seus assessores era bem intencionada, mas não resultou. As Finanças espanholas recusaram a oferta em branco do jogador do Real Madrid e garantiram que vão manter a via penal do processo. De acordo com o El Mundo, a primeira oferta de Ronaldo surgiu numa reunião, há vários meses, onde o avançado se dispôs a pagar “quatro ou cinco milhões de euros” – em relação aos 15 que são reclamados pelo Fisco.

Defesa de Cristiano Ronaldo diz que houve “engenharia interpretativa” na acusação de fraude fiscal

Foi depois desta primeira oferta recusada que a equipa legal de Cristiano Ronaldo decidiu avançar com uma proposta sem valor: seria a Agência Tributária espanhola a decidir o “valor oportuno” que correspondesse aos direitos de imagem que estão em causa no processo. Em troca, a via penal seria descartada e o pedido de pena de prisão suspenso.

O jornal espanhol indica ainda que os representantes do jogador português consideram que este “sempre teve vontade de pagar”, sustentando esta afirmação com a regularização voluntária que Ronaldo fez em 2014. Por este motivo, defendem que o assunto não deveria estar num tribunal de instrução mas ser abordado como uma mera questão de “interpretação da norma” pela via administrativa.

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