A Coreia do Norte já não exige que os Estados Unidos retirem as suas forças militares da Coreia do Sul para avançarem com um programa de “desnuclearização”, disse o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, nesta quinta-feira, citado pela CNN. “A Coreia do Norte expressou vontade em desistir do seu programa nuclear sem exigir que as forças dos Estados Unidos saiam da península coreana”, disse Moon Jae-in numa conferência de imprensa.
Os Estados Unidos têm cerca de 28 mil tropas na Coreia do Sul e uma das exigências do norte-coreano Kim Jong-un para parar com as armas nucleares prendia-se com a retirada destas tropas. O presidente sul-coreano disse que os Estados Unidos não estavam dispostos a aceitar nenhuma contrapartida que envolvesse o regresso dos soldados norte-americanos e que a Coreia do Norte está preocupada com a sua segurança.
“Eles só falam sobre o fim da política hostil contra a Coreia do Norte e sobre a garantia da sua segurança. Com essa clarificação, os Estados Unidos e a Coreia do Norte concordaram em sentar-se na conferência”, disse o presidente sul-coreano, que vai encontrar-se com Kim Jong-un na próxima semana, numa conferência histórica sobre a fronteira que separa os dois países.
Na quarta-feira, Donald Trump afirmou que estava disposto a deixar a conferência que é tão esperada, se Kim não cumprisse com as suas expectativas. “Se não acharmos que vamos ter sucesso, não vamos”, afirmou Trump. “Se a reunião não estiver a dar frutos, sairei respeitosamente.”
Trump avisa: se reunião com Coreia do Norte não correr bem, levanta-se e sai
Trump concordou inesperadamente encontrar-se com Kim Jong-un, no mês passado, e essa reunião pode vir a acontecer no início de junho. O presidente dos Estados Unidos antecipa que o encontro seja “um êxito mundial” e que espera “ver o dia em que toda a península possa viver unida, com segurança e em paz”.