Livros de ficção

A Elsinore vai editar Estou Viva, Estou Viva, Estou Viva, de Maggie O’Farrell. O livro relata 17 experiências de proximidade com a morte, sempre “num tom de memória e com um caráter literário muito presente”. Além deste, em maio, vai ainda sair Pássaros na Boca, uma coletânea de contos da argentina Samanta Schweblin. Já a Cavalo de Ferro vai publicar Sessenta Contos, do italiano Dino Buzatti, e A Lã e a Neve, um dos livros de maior sucesso de Ferreira de Castro e “um dos grandes romances da literatura portuguesa do século XX, com o estatuto de clássico intemporal”. Por seu turno, a Porto Editora vai fazer chegar às livrarias As vinhas de La Templanza, de María Dueñas, A gargalhada de Augusto Reis, de Jacinto Lucas Pires, e uma nova edição de Nó Cego, de Carlos Vale Ferraz. A Assírio & Alvim vai lançar Traçar um Nome no Coração do Branco, de Rosa Maria Alice Branco.

A Dom Quixote vai começar o mês com a reedição de um romance de Marcello Duarte Mathias. Editado pela primeira vez em 2001, A Memória dos Outros esgotou rapidamente, tendo sido distinguido com o Prémio Jacinto Prado Coelho da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários e com com o Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus (ex-aequo). O livro é agora reeditado com o título Vozes e Percursos – A memória dos outros I. Em maio, a editora vai ainda lançar O Rapaz Selvagem, de Paolo Cognetti, Fora de Si, de Sasha Marianna Salzmann, Uma Pequena Sorte, de Claudia Piñeiro, e Estuário, o novo livro da escritora Lídia Jorge. “Em outros dos seus livros costuma Lídia Jorge dar rosto à modernidade para dela desocultar os seus efeitos escondidos”, refere a Dom Quixote. “Mas neste caso promete mais. Estuário pertence à categoria dos livros de premonição, através do enlace entre o desenho do futuro e a Literatura.”

A editora Cavalo de Ferro vai publicar Sessenta Contos, do italiano Dino Buzatti. A Lã e a Neve, de Ferreira de Castro, é outra das apostas da editora para este mês

A Alfaguara vai publicar O Jardim do Ogre, o romance de estreia de Leila Slimani
, vencedora do Prémio Goncourt em 2016 com Canção Doce, o seu segundo romance. Publicado dois anos antes, em 2014, O Jardim do Ogre foi galardoado com o Prémio Literário de La Mamounia, em 2015, e comparado a Madame Bovary, de Flaubert. Além deste, a editora vai também fazer chegar às livrarias Possibilidade de uma Ilha, de Michel Houellebecq, enquanto a Companhia das Letras vai reeditar As Três Vidas, obra que valeu o Prémio José Saramago a João Tordo, que lançou recentemente um novo romance, Ensina-me a Voar Sobre os Telhados. A Suma de Letras vai editar A Casa da Beleza, um livro de e Melba Escobar sobre as “relações raciais, a corrupção e os problemas do género” na sociedade colombiana.

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A Relógio d’Água vai lançar uma nova edição de O Banquete, de Platão (com tradução de Maria Mafalda Viana e ilustrações de Maria Helena Vieira da Silva) e ainda O Quarto de Marte, de Rachel Kushner, A Quinta Estação, de N. K. Jemisin, Pequenos Fogos em Todo o Lado, de Celeste Ng, Confabulações, de John Berger, O Testamento Donadieu, de Georges Simenon, O Sonho de Bruno, de Iris Murdoch, e dois livros de Gonçalo M. Tavares — Livro da Dança e Dicionário Literário dos Bloom Books. A Bertrand vai editar Os Távoras, de Maria João Fialho Gouveia, e a Tinta-da-China o primeiro volume da renovada Granta, disponível a partir de 25 de maio, com publicação simultânea em Portugal e no Brasil.

O Paraíso e Outros Infernos é o novo livro de José Eduardo Agualusa. Chega às livrarias este mês, com chancela da Quetzal

Pela Quetzal vão sair Três Filhas de Erva, de Elif Shafak, A Morte da Competência, de Tom Nichols, e O Paraíso e Outros Infernos, o novo livro de José Eduardo Agualusa. “Um ‘mapa do conhecimento do presente’ que ultrapassa a fronteira do tempo e da sua contingência”, refere a editora. Além destas três obras, a Quetzal vai ainda publicar reedições de dois livros de Vergílio Ferreira, Contos e A Estrela, de Ética a Nicómaco, de Aristóteles, de Cisnes Selvagens, de Jung Chang, e ainda de Morrem mais de mágoa, de Saul Bellow. A Livros do Brasil vai acrescentar um novo volume à coleção “Vampiro”: Estrada para a Morte, de Margery Allingham, o terceiro romance policial da autora e o primeiro em que o detetive Albert Campion surge como protagonista. Um Sentido para a Vida, de Antoine de Saint-Exupéry, vai sair pela mesma editora.

A Cotovia vai publicar o quinto volume da série de teatro de Bertolt Brecht, iniciada em 2003. Teatro 5 inclui as peças “A Vida de Galileu”, “Dansen”, “Quanto custa o ferro?”, “Ti Coragem e os seus filhos”, “A condenação de Lúculo” e “A boa alma de Sichuan”. A Minotauro vão publicar Tanta Gente, Mariana e As palavras poupadas, os primeiros dois volumes da coleção “Obras completas de Maria Judite de Carvalho”, e a Saída de Emergência Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, e O Poder, de Naomi Alderman. A Bertrand vai fazer chegar às livrarias uma nova edição de Malhadinhas, de Aquilino Ribeiro.

Livros de não-ficção

As Edições 70 guardaram cinco lançamentos para este mês de maio. O primeiro, Teoria da Literatura: Textos dos formalistas russos apresentados por Tzvetan Todorov, uma coletânea de ensaios, foi publicado originalmente em 1965, em França, e editado pela primeira vez em Portugal, pela Edições 70, em 1978, em dois volumes na extinta coleção “Signos”. O segundo é uma análise atual da situação na Coreia do Norte e é da autoria de José Manuel Duarte de Jesus. Além de uma breve história do país, Coreia do Norte: A última dinastia Kim inclui um enquadramento cultural para permitir uma melhor compreensão do “quadro de uma intriga internacional”, refere a editora. Além destas obras, serão também publicadas De fora: Uma filosofia para a Europa, de Roberto Esposito, Ética Aplicada – Animais, escrito sob a coordenação de Maria do Céu Patrão Neves e Fernando Araújo, e Infâmia e fama, O mistério dos primeiros retratos judiciários em Portugal (1869-1895), de Leonor Maria de Amorim e Sá.

Pela Fundação Francisco Manuel dos Santos vai sair, no âmbito da coleção de ensaios, A Saúde Mental dos Portugueses, de José Caldas de Almeida, e Cinema e História: Aventuras Narrativas, de João Lopes. A Dom Quixote vai editar Como Será o Futuro, um livro de Tim O’Reilly sobre a forma como as tecnologias estão a mudar a economia. A Saída de Emergência vai publicar A Estranha Morte da Europa, de Douglas Murray, e A Chegada das Trevas, de Catherine Nixey. Este último fala sobre o impacto do cristianismo na cultura clássica. “Levando os leitores ao longo do Mediterrâneo — de Roma a Alexandria, da Bitínia, no norte da Turquia, a Alexandria, e pelos desertos da Síria até Atenas –, A Chegada das Trevas é um relato vívido e profundamente detalhado de séculos de destruição”, refere a editora.

Pela Bertrand vão sair Mulheres e Poder: um manifesto, de Mary Beard. A Temas & Debates vai publicar Iludidos pelo Acaso, de Nassim Nicholas Taleb, Lamentável Mundo Novo, um livro onde Stephen D. King responde a questões relacionadas com a globalização e a história, e A Religião dos Portugueses, de Frei Bento Domingues e organização de António Marujo e Maria Julieta M. Dias, um “estudo que cruza a teologia com a literatura, a antropologia com a crítica religiosa, a sociologia com as ‘artes de ser português’”, de acordo com a editora. Já a Contraponto vai publicar Quem Meteu a Mão na Caixa?, uma investigação de Helena Garrido sobre a história recente da Caixa Geral de Depósitos.

Furriel Não É Nome de Pai é uma das apostas de não-ficção da Tinta-da-China para maio. A investigação é de Catarina Gomes

Neste mês, a Tinta-da-China decidiu apostar em força na não-ficção. A 4 de maio, é publicado De Esquerda, Agora e Sempre, um ensaio de Mark Lilla, e, no dia 5 de maio, Racismo no País dos Brancos Costumes, uma reportagem de Joana Gorjão Henriques. Além destas obras, a editora vai ainda lançar Arménia – Povo e Identidade, de António Loja Neves e Margarida Neves Pereira, O Lado B da Europa: Viagem às 28 Capitais, de Bernardo Pires de Lima, Furriel Não É Nome de Pai: Os filhos que os militares portugueses deixaram na guerra colonial, de Catarina Gomes, e ainda 46750, um livro de fotografia de João Pina.

A Porto Editora vai publicar em minúsculas, um livro que reúne as crónicas e reportagens de Herberto Helder em Angola, publicados no Notícia — Semanário Ilustrado. A investigação, digitalização, transcrição, revisão e seleção é de Daniel Oliveira (que também assina o prefácio), Diana Pimentel e Raquel Gonçalves. A Guerra & Paz vai editar Economia do Bem Comum, de Jean Tirole, Antes é que era Bom!, de Michel Serres, e Burla em Angola, Burla em Portugal, de Susana Ferrador.

Livros infanto-juvenis

Nunca Para Pior, o novo livro de Ana Saldanha, conta “o dia a dia dos alunos, dos professores, dos funcionários, das famílias e até do Gervásio, um gato que foi adotado por todos, da Escola do Segundo e Terceiro Ciclos Doutor Gervásio Antímio Rebelo de Mello e Silva Santos, vulgo Escola das Minas”. A editora é a Caminho.

A Booksmile vai publicar Como Tomar Conta de Um Professor, de Jean Reagan, e a Porto Editora Maria e Danilo e o mágico perdido, o novo livro infantil de Richard Zimler. Já a Planeta vai lançar mais um volume sobre a “Guerra das Estrelas”, Star Wars — Darth Maul.