O diretor dos serviços secretos britânicos MI5, Andrew Parker, disse esta segunda-feira que o grupo radical Estado Islâmico pretende levar a cabo ataques “devastadores” na Europa depois de ter perdido territórios no Médio Oriente. O responsável pelo MI5 vai referir-se ao assunto durante uma conferência que vai decorrer hoje em Berlim e que reúne responsáveis pelo setor da segurança dos vários países europeus.

Nos extratos do discurso que foram publicados na imprensa britânica, Parker indica que os serviços secretos podem enfrentar as ameaças “através da força e da resistência dos sistemas democráticas” e dos valores que são partilhados pelos parceiros europeus.

O diretor dos serviços de contraespionagem britânico avisa sobre os perigos de novas ações radicais depois do ataque ocorrido no fim de semana em Paris em que quatro pessoas foram feridas à facada por um homem que acabou por ser abatido pela polícia.

Atacante de Paris estava sinalizado como potencial ameaça à segurança

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Entre outros assuntos, o diretor do MI5 indica que 12 “atentados terroristas” foram evitados no Reino Unido desde o ataque que ocorreu frente ao Parlamento britânico, em 2017. Sendo assim, o número total dos ataques que foram evitados pelos serviços de segurança britânicos ascende a 25 desde 2013. Segundo os jornais, Andrew Parker vai ainda criticar a Rússia pelo envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e da filha, em Salisbury, no passado dia 04 de março.

Caso Skripal. Espião envenenado com dose de até 100 gramas de novichok

O caso Skripal demonstra uma flagrante violação das regras internacionais por parte das autoridades de Moscovo, refere ainda o diretor do MI5 que vai apelar à cooperação entre os países europeus no combate ao “terrorismo”.