É um dos dias mais mortíferos na história do conflito entre Israel e Palestina: pelo menos 52 pessoas morreram e largas centenas — os números variam entre os 900 e os 1.600 — ficaram feridas na sequências dos confrontos em doze focos de conflitos ao longo da faixa de Gaza. Os protestos rebentaram depois de os Estados Unidos terem inaugurado a nova embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, transferindo-a de Tel Aviv.

Jared Kushner, genro de Trump e enviado dos EUA ao Médio Oriente, falou de paz: “Acreditamos, é possível que ambos os lados ganhem mais do que dão – de modo que todas as pessoas possam viver em paz — a salvo do perigo, livres do medo e capazes de perseguir seus sonhos”, afirmou no discurso. Donald Trump também: “Como podemos ver dos protestos do mês passado, e os de hoje, a violência é parte do problema e não parte da solução. Os EUA estão preparados para apoiar um acordo de paz em todos os termos que forem possíveis. Acreditamos que os dois lados ganham mais se os povos puderem viver em paz e livres de perigo, livres do medo e capazes de prosseguir os seus sonhos”, disse num vídeo.

Mas as imagens que chegam da faixa de Gaza mostram gigantescas nuvens de fumo negro que cobrem o céu, arremessos de pedras e focos de incêndio junto dos manifestantes. O exército israelita tinha distribuído panfletos pedindo às pessoas que não se aproximassem da fronteira entre Israel e Palestina sob pena de serem atacadas, mas o aviso foi ignorado.

A Amnistia Internacional também reagiu aos acontecimentos em Gaza: “Este é outro exemplo horrível das forças armadas israelitas a usarem força excessiva e munição real de uma maneira totalmente deplorável. Isso é uma violação dos padrões internacionais, com as forças israelitas, em alguns casos, a cometer o que parecem ser assassinatos intencionais que constituem crimes de guerra”.

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